Os gastos do governo federal, dos estados e dos municípios caíram em 2017 pelo terceiro ano seguido, revelou o IBGE no início de março, ao divulgar os resultados do PIB. Apenas no ano passado, a redução foi de 0,6%.

*No ano passado essa turma aprovou 14 novas desonerações

Se depender da navalha operada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a tendência de supressão dos investimentos públicos deve se manter. Um mês após Michel Temer sancionar o Orçamento-Geral da União de 2018, o governo anunciou um corte de 16,2 bilhões reais para cumprir a meta de déficit primário de 159 bilhões para este ano.

Em nome da austeridade fiscal e do teto de gastos públicos, bode colocado na sala pela própria equipe de Temer, o reajuste do salário mínimo ficou em mísero 1,81%, abaixo da inflação e a menor variação em 24 anos. Desde 2016, os benefícios do Bolsa Família, voltado para o combate da extrema pobreza, estão congelados.
Em meio à onda de bloqueios de verbas, as universidades federais renegociam contratos com prestadores de serviços e reduzem até o cardápio dos restaurantes universitários. Pressionado pela demanda crescente, o Sistema Único de Saúde também se vê ameaçado pelo subfinanciamento.

Apesar do sacrifício imposto à população, o Brasil deverá abrir mão de mais de 283,4 bilhões de reais em renúncias fiscais em 2018. Estimado pela Receita Federal, o valor é superior à soma dos orçamentos da Educação e da Saúde: 107,5 bilhões e 131,4 bilhões, respectivamente. Nos últimos anos, os incentivos e benefícios fiscais tiveram forte expansão
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* imagem Luis Macedo

Carta Capital


Cuiabá, MT - 11/04/2018 09:56:31


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