Três convidados abriram sábado (28.04), Dia da Educação, a Análise de Conjuntura do II Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em Cuiabá. Os assessor sindical e jornalista no Rio de Janeiro, Ernesto Germano Parés, o educador popular de Mato Grosso do Sul, Jeová Simões, e o coordenador do MST, em Mato Grosso, Antônio Carneiro. Juntos traçaram o cenário globalizado de ataque aos direitos da classe trabalhadora.

Analisando a conjuntura política, social e econômica apontaram os desafios para a classe trabalhadora diante da retirada de direitos com Reformas que atacam conquistas sociais. As políticas como a terceirização, a pejotização dos contratos de trabalho, o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O enfrentamento e a resistência foram destacadas pelo presidente do Sinteo/MT, Henrique Lopes do Nascimento. “Apesar dos problemas vividos e das tentativas de perdas de direitos, o Conselho de Representantes tem como pronto primordial a organização e articulação da categoria, instalando o estado de alerta para os trabalhadores e as trabalhadoras da educação diante de leis como o congelamento de investimentos federais pelos próximos 20 anos e, em Mato Grosso, o congelando para os próximos cinco anos”, destacou.

Os palestrantes convidados ressaltaram os desafios no cenário de ataques do sistema financeiro sobre o direito dos trabalhadores das trabalhadoras, retirando conquistas sob o viés da implementação de políticas privatistas.

Privatização

A privatização da educação foi destaque nas abordagens diante do avanço do sistema financeiro sobre a Educação Pública e Gratuita. Esta semana, um dos grandes conglomerados internacionais de educação, a Kroton incorporou ao seu patrimônio a Somos Educação (antiga Abril Educação). A fusão amplia o domínio de mercado, que implanta política de desprofissionalização, quebra do Piso Salarial e aumento de jornada. E, principalmente, o ataque ao Projeto Político Pedagógico, uma ameaça também com a militarização das escolas.

Com um olhar no cenário internacional, o assessor sindical Germano Parés, explanou a crise criada pelo Sistema Neoliberal e que não estão encontrando solução. “O que ocorre no Brasil é reflexo do cenário mundial e da crise no sistema financeiro”, explica Germano.

Conforme ele o mundo atravessa hoje cinco graves crises: ambiental, que deve ser debatido em sala de aula, aquecimento global e escassez de água; a energética (Petróleo); de alimentos; das instituições, que coloca em descrédito partidos políticos e centrais sindical; e a econômica financeira.Todas essas crises implantadas pelas políticas defendidas pelos governos e que impactam na Educação e na retirada de direitos.

Coletividade

A relação do homem com o meio ambiente subsidiou a reflexão feita pelo educador popular, Jeová Simões, para apresentar o tipo de projeto que prevalece hoje no mundo. A forma como o ser humano interfere na natureza produzindo seus bens materiais e imateriais, ou como produz esses bens,, determina o tipo de relação que homem tem com o planeta. “O que vemos é o desrespeito a tudo que se relaciona à coletividade”, diz.

Os interesses individuais sobre os coletivos estão refletidos na correlação de forças  sociais e econômicas. A privatização da educação baseada no modelo americano, e gerenciada pelas grandes empresas é apontada por Simões como o sinal da transnacioalidade da educação que interfere no processo de autonomia das escolas e rompe com a política construída  pelos Sistemas de Ensino.” Implanta metodologias de ensino próprias, em que cada escolas é uma escola”, diz. Ele lembra que no Brasil, somada a Reforma Trabalhista, ataca  a carreira e o direito ao piso e a unificação na luta profissionall.

Defesas

Finalizando os olhares sobre os ataques globalizados aos direitos, com foco em Mato Grosso, o coordenador do MST, Antônio Carneiro, destacou a crise que frente ao projeto implantado com o golpe deixou 15 milhões de desempregados, e onde 25% dos trabalhadores/as do pais vivem dentro do “empreendedorismo”, subsistem no comercio informal. “Precisamos ter claro que projeto defenderemos nas urnas, em 2018, como trabalhadores e trabalhadoras da educação. Se o do sistema financeiro ou o projeto humanista”, conclui    

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 28/04/2018 17:54:51


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