A divulgação do Anuário da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM), nesta quinta-feira (03.05), em Cuiabá, revelou mais de 5.500 ocorrências de ameaças e cerca de 2 mil lesões corporais contra mulheres de 18 a 59 anos, no ano de 2017. Os números reforçaram a necessidade de se falar sobre educação de gênero nas escolas, pois o combate à violência contra a mulher começa pela prevenção, daí a relevância do processo de formação de crianças e adolescentes.

O perfil das vítimas, segundo dados da DEDM é de mulheres pardas, com idade entre 27 e 40 anos, com Ensino Médio completo e desempregadas. O agressor, em grande parte dos casos, é homem, convivente/marido ou ex-companheiro da vítima, com idade entre 27 e 40 anos, pardo, solteiro e com Ensino Médio completo. Na maioria das denúncias, não havia um relacionamento em vítima e agressor, mas entre os casos em que houve um relacionamento, as agressões/ameaças ocorreram em grande parte entre casais que estavam há mais de 9 anos juntos.

Para a presidente do Conselho Estadual de Direitos da Mulher e vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Jocilene Barboza, os dados mostram que não se deve excluir o debate de gênero nas escolas. "A Educação é um ambiente privilegiado para a desconstrução de preconceitos, no entanto, estamos em um processo de currículo homogeneizador, que não trabalha o respeito às diferenças. Esperamos que esse trabalho, fruto do esforço da equipe da DEDM seja utilizado para a criação de políticas públicas para combater a violência contra a mulher".

Assessoria Sintep/MT

 

Cuiabá, MT - 03/05/2018 18:32:02


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