Abrindo a série “Diálogos com Presidentes do Sintep/MT: Os desafios históricos da luta dos/as educadores/as Gestão - 1989 a 1994”, o presidente no período, professor doutor Elimar Bezerra, relatou as vivências e o amadurecimento da luta dos profissionais da educação na transição da Associação para Sindicato. O relato ocorreu no primeiro dia de programação, 14 de setembro, do Encontro Extraordinário de Educação do Sintep/MT, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.

Elismar Bezerra destacou os enfrentamentos do período frente a um governo de características antidemocráticas, como foi o período Jaime Campos (1991-1994). Pontuou as lutas para a construir conquistas como Hora-Atividade, que iniciou com 50% da jornada, numa disputa de projeto que fez a defesa do direito do professor ter assegurado o tempo de estudo e atividades extra classe, proporcionais ao tempo de trabalho em sala.  “Foi a medida anticapitalista, uma ressignificação do papel do trabalhador”, disse.

Outro ponto destacado nessa disputa foi a luta pelo Piso Salarial com base nos apontamentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). “Na ocasião, adotamos a orientação do Dieese e o piso salarial era de onze salários mínimos”, relatou.  A força do movimento sindical chegou a trazer para Mato Grosso um escritório da instituição de pesquisa, assessoria e educação do movimento sindical brasileiro. 

Segundo ele, uma das grandes conquistas do Sintep/MT foi o processo de formação da categoria, a construção do movimento de luta em todo o estado. “Era a forma de compreensão dos trabalhadores da educação em contraponto ao senso comum. Isso consolidou o que somos”, destacou. 

É desse período, a política de gestão democrática, e ainda, a consolidação dos Conselhos de Representantes e do Congresso Estadual, como instituição máxima deliberativa. Diferente do que faziam as demais instituições sindicais, que deliberam em Assembleias, os espaços deliberativos e as formações construíram a luta sindical em todo o interior. “Democracia é tudo”, afirma. 

Nas memórias desse período está o acidente grave ocorrido durante a viagem de carro para realizar um dos Congresso no Araguaia, ou a caminhada dos milhares de profissionais, vindos dos diferentes pontos do estado e se unindo na área central da capital, na luta contra o atraso salarial.  “É preciso ter em mente que nenhuma dessas conquistas é definitiva e precisam ser concebidas e tratada como plataforma para avançar”.  

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 14/09/2018 20:48:41


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