A economia internacional e a interferência nas políticas pública brasileiras direcionou a análise de conjuntura feita pelo dirigente nacional do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Paulo Rodrigues, na abertura do Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) sábado (18). No estado, o alinhamento com os interesses de mercado ameaçam os direitos dos trabalhadores da Educação, como apresentou na sequência o dirigente do Sintep/MT, Henrique Lopes. 

João Paulo citou que a crise econômica não é imaginária, ela é do capital internacional. “O capital perdeu 10% dos lucro nos últimos anos”, relatou. Fato que gera uma ação internacional para  a recomposição das perdas, apresentada por meio de privatizações de bens naturais, a diminuição do Estado e o controle da Educação. A América Latina é um mercado promissor a esses interesses, contudo, é o continente onde mais se faz movimento sociais e sindicais de resistência. ‘São pioneiros no jeito de fazer a luta de massa”, disse.   

Segundo o palestrante, a história do Brasil registra outros golpes contra a classe trabalhadora que revelam que os enfrentamentos foram longos, os avanços não se deram de forma rápida. “Não há saída milagrosa sem a participação do povo”, acredita. E mais, para o representante do MST, serão os educadores/as os responsáveis pela resistência, pois a capilaridade de atuação, em todos os rincões do pais, é superior a organização do próprio MST, da igreja e de outros movimentos progressista. 

Na avaliação estadual, a iminência da greve na rede estadual se dará na luta por nenhum direito à menos, já que o governo Mauro Mendes não apresentou proposta que atenda as expectativas da categoria no cumprimento da Lei 510/2013, ou mesmo nas reivindicações por melhores condições de trabalho. 

Na explanação do orçamento de Mato Grosso, Henrique Lopes, revela que recursos existem falta apenas decisão política. “Retirando a parte da Educação, como determina a Constituição estadual, dos R$ 3,4 bilhões de isenção e renúncia no orçamento; assegurando o percentual mínimo estadual para Educação; e retirando dos recursos de manutenção e valorização, os aposentados, terão recursos suficientes para pagar a folha”, afirmo

Lopes lembra ,ainda, que até mesmo os municípios são prejudiados pela política adotada na rede estadual. Conforme ele, a transferência de matrículas para a rede municipal desrespeita a Lei, que determina o percentual conforme a capacidade financeira do ente federado. Ao deixar a primeira fase do fundamental para os municípios superlota as escolas e estoura o orçamento municipal com alunos que deveriam ser mantidos pelo estado. “Ele fica com a fatia mais vantajosa que são as matrículas da segunda etapa do fundamental e Ensino Médio”, diz, sem contar que interferir em avanços das lutas da educação nos municípios.

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Assessoria/Sintep-MT

*atualizada

Cuiabá, MT - 18/05/2019 19:59:14


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