Com 69 dias de greve na rede estadual de educação, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em seu Conselho de Representantes, neste sábado (03.08), analisou a conjuntura nacional e estadual, e os reflexos para os profissionais da educação e o movimento grevista no estado. Como conclusivo deixou a necessidade de resistência contra os ataques de direitos da classe trabalhadora.

O debate conduzido pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, e o dirigente estadual do Sintep/MT, Henrique Lopes, tratou sobre o desmonte de direitos sociais e da Educação Pública Gratuita.

O presidente da CNTE citou o movimento conservador e de extrema direita nos governos internacionais, assim como no Brasil, refletindo nas políticas públicas, com o ataque a conquistas da classe trabalhadora, como Leis Trabalhistas, Aposentadoria e a Escola Pública Gratuita. “O cenário precisa ser entendido, para que não fiquemos em depressão pensando que é uma situação só nossa”, disse. 

Contudo, acredita Araújo, que diante do conhecimento dos fatos será necessária uma reação imediata nas ruas. “É necessário grandes mobilizações chamando a população contra a destruição da educação pública gratuita”, disse. Conforme Araújo, a sociedade precisa conhecer onde levarão as políticas como militarização/privatização do ensino, implantação da figura do notório saber no lugar de professores, vouchers (“vale educação”), privatização da gestão escolar, pacotes curriculares reduzindo o acesso ao conhecimento, entre outras.

O quadro traçado pelo presidente da CNTE dialogou com a análise do secretário de redes municipais do Sintep/MT, Henrique Lopes. Na avaliação estadual, Lopes refletiu sobre a greve em defesa da Lei 510/2103, destacando os motivos por traz da recusa do governo Mauro Mendes em negociar o direito dos educadores. “Todos estamos em defesa do cumprimento da lei, precisamos ficar atentos a qual leis eles defendem. Porque o governo está deixando evidente é que existem leis que devem ser cumpridas mais do que outras”, destacou Henrique Lopes.

Conforme o dirigente, a narrativa do governo está montada para colocar a sociedade contra os profissionais da educação. Com aparo legal e jurídico o governo sustenta argumentações superficiais das leis, apresenta intepretações equivocadas sobre gastos com folha e ainda, justifica cumprir reivindicações da categoria de forma maquiada (como a convocação dos concursados, reforma de escolas, salários dos profissionais).  “A greve irá desvelar os números mentirosos apresentados pelo governo e esclarecer o por que a greve vai continuar no estado”, concluiu o dirigente.  

Confira fotos no facebook do Sintep/MT

Assessoria/Sintep-MT


Cuiabá, MT - 03/08/2019 18:02:53


Print Friendly and PDF

Exibindo: 1751-1760 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter