A demora do Governo do Estado em divulgar o resultado do concurso público e convocar os aprovados será um dos principais pontos discutidos no próximo Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). O evento ocorrerá nos dias 26 e 27 de junho, a partir das 9h, na sede da entidade, em Cuiabá. A categoria está apreensiva, uma vez que os gestores têm até o dia 03 de julho para homologar o certame, em função do período eleitoral.

Após reabertura de prazos para apresentação de recursos, concedida mais de uma vez, além de outros artifícios, o secretário de Estado de Administração, Bruno Martins, informou, na sexta-feira (18), que o resultado final está previsto para ser divulgado até o final de junho. "Desde o seu anúncio, o chamado 'maior concurso público da história de Mato Grosso' se mostrou um verdadeiro fiasco", destacou o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira. Em vista da incerteza que a situação inspira, os trabalhadores da educação discutirão encaminhamentos para intensificar a cobrança pela divulgação do resultado o quanto antes.

Segundo o sindicalista, a não homologação do concurso público trará prejuízos incalculáveis para o projeto de aprendizagem e de escola. "Estamos preocupados com isso, principalmente porque a rede pública do Estado conta com mais de 50% de profissionais em regime temporário. Sem a convocação dos aprovados, continuaremos a ter, entre trabalhadores da educação, pessoas realizando múltiplas jornadas para atingir um salário aceitável".

Para Gilmar Soares, a situação da educação no Estado desperta na categoria um sentimento de frustração. "Não é possível que não haja vontade política para o preenchimento destes cargos e o respeito aos profissionais. Tudo isso beira o absurdo", protestou. Outro ponto cobrado pelo Sintep/MT é em relação aos cargos técnicos e de apoio que, hoje, somam mais de 70% dos profissionais em regime temporário. "As escolas vivem em situação precária com a ausência destes trabalhadores e o concurso visa também amenizar esta situação. Mas começamos a duvidar desta intenção com as atitudes tomadas pelos gestores, principalmente pela demora na publicação do resultado", frisou o presidente da entidade.

O concurso - Desde o ano passado, o processo seletivo do Estado enfrenta problemas. A primeira prova, realizada no dia 22 de novembro, foi cancelada por diversos motivos, inclusive de segurança. Posteriormente, o concurso foi dividido em três etapas, realizadas em janeiro, fevereiro e março de 2010.

Além de danos financeiros, tanto aos cofres públicos quanto aos candidatos, principalmente do interior do Estado, que se deslocaram à Capital, o adiamento das provas causou transtornos para à rede de ensino, carente de novos profissionais. "Por isso, nós exigimos a posse imediata dos aprovados, inclusive com a participação da Seduc (Secretaria de Estado de Educação)", concluiu Gilmar Soares.

Além do concurso público, o Conselho de Representantes abordará a luta pelo piso de R$ 1.312,00, estabelecida na última assembleia geral, em abril deste ano; intensificação da busca pela audiência com o governador; não aplicação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) na Educação; luta pelo pagamento das horas atividade para os interinos; e  mobilização junto às subsedes no sentido de realizarem os estudos de receitas e despesas para implantação do piso e readequação dos Planos de Carreiras; dentre outros assuntos.

Cuiabá, MT - 22/06/2010 00:00:00


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