O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) protocolou  junto ao Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) e Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), os documentos que manifestam posições contrárias à militarização de uma escola estadual na cidade de Vila Rica (1.120 km de Cuiabá).

Os documentos, entregues aos órgãos na semana passada (27 e 28 de fevereiro), tratam das manifestações registradas em atas de reuniões com profissionais, pais, mães e estudantes da escola, como também das salas anexas. Todos rejeitando o processo de militarização imposto à unidade escola. (Entenda o Caso)

Para tentar reverter a pedalada na lei, o dirigente estadual do Sintep/MT e secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), Gilmar Soares, ressaltou ao promotor, Miguel Slhessarenko, do Ministério Público Estadual, os prejuízos para a comunidade escolar, com o projeto de militarização.  Foi citado o número de estudantes que ficará sem escola diante das condições impostas pela escola cívico militar (seleção, pagamento de fardas, entre outros). Outro fato destacado foi a interferência da gestão municipal na unidade estadual. 

“O prefeito e secretário municipal de educação decidiram que o melhor local para o projeto seria a escola estadual, sendo que a prefeitura tem um prédio alugado para uma escola privada com um aluguel simbólico, que poderia servir o objetivo dos gestores”, denuncia Soares.

Para o dirigente do Sintep/MT, Gilmar Soares, as comunidades escolares precisam encarar os processos de militarização que estão sendo feitos, de forma autoritária, com atenção, pois se vende a falsa ideia de uma escola de qualidade para todos. “As escolas militarizadas não são impostas para atender a todos, principalmente os mais carentes, mesmo porque os militares não tem formação para tanto. Tais escolas acabam por impor uma apartação social e econômica e por isso, os estudantes mais carentes, que necessitam de um acompanhamento especializado acabam por deixar a escola”, afirmou. 

Segundo o dirigente, existem estudos que comprovam que os resultados das escolas militares, apesar dos estudantes em condições socioeconômicas diferenciadas, não diferem muito das demais escolas, que trabalham em condições de carência. “A escola militar é privilegiada com aumento do seu quadro de pessoal, enquanto as escolas públicas sofrem redução contínua de pessoal. Assim, é fácil obter bons resultados” finalizou.

Participaram da visita ao Ministério Público Estadual, para protocolar as atas da escola, a dirigentes sindical Mônica Strege, que acompanha o movimento de resistência à militarização na Escola Estadual Vila Rica, e o Edilson Spenthoff, representante do Deputado Estadual Barranco.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 02/03/2020 18:04:11


Print Friendly and PDF

Exibindo: 1381-1390 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter