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Após inúmeras pressões do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) foi aprovado em primeira votação, nesta quarta-feira (29.04), e seguirá para segunda no próximo dia 6 de maio, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o projeto de Lei que autoriza a contratação dos profissionais interinos da educação estadual, desempregados por decisão do governo Mauro Mendes. O PL 365/2020, de autoria do deputado Valdir Barranco, foi apresentado à categoria, durante pequena manifestação, antes da sessão, na Casa de Leis.
O presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, insistiu para a necessidade de agilizar os trabalhos, pois afirmou, “a fome não espera”, numa referencia aos mais de 30 dias, que os cerca de oito mil profissionais estão sem salários. Valdeir lembra ainda, conforme argumento do próprio relator do Projeto de Lei, há recursos aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2020, e do próprio Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), que também assegura investimentos para essa finalidade.
Desde de que começaram os enfrentamentos para que o governo validasse a atribuição feita, uma campanha solidária foi lançada nas escolas. O objetivo é que os pares, reconhecendo os colegas em dificuldades, façam cotas e cestas básicas para ajudar. “A situação é muito grave, essas famílias necessitam de ajudar para além da alimentação. São fraldas e leite, para aqueles que tem filhos pequenos, contas de energia, aluguel, que estão suspensos por faltar de pagamento”, cita.
Conforme Valdeir, o mais grave é que toda essa situação ocorreu por irresponsabilidade do governo, que falaciosamente declarou o risco de improbidade administrativa. “No entanto, se pegarmos os Diários Oficiais do estado constatarmos que as contratações na educação tiveram prosseguimento, mesmo durante a Pandemia”, relata.
Assessoria/Sintep-MT
