Na manhã de ontem (14), os profissionais da rede municipal de ensino de Jauru, a
Os trabalhadores da educação cobram a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a Lei 11.738/08, e adequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com inclusão dos funcionários de escola. Eles deliberaram pelo ato na Câmara Municipal em função do posicionamento irredutível do prefeito, Pedro Ferreira de Souza. Ele, que também é presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), sequer apresentou uma proposta.
Um dos argumentos apresentados por ele é que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não permite que o município conceda o reajuste salarial, pois está no limite de aplicação dos recursos públicos. "Não temos problema nenhum com relação a esta Lei, a questão é que umas carreiras são mais privilegiadas que outras; isso sim interfere no equilíbrio das contas", protestou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira.
Ele irá até o município, na próxima terça-feira (20), para debater a situação com a categoria e contribuir para o fortalecimento do movimento. "A decisão é não retroceder, a menos que haja um acordo com o Executivo Municipal", assegurou. O sindicalista lembrou ainda que a correção do piso salarial está amparada pela Lei. "Se tem alguém descumprindo a legislação, esse alguém é o prefeito, e não os trabalhadores", acrescentou.
Mesmo assim, Pedro Ferreira entrou com pedido de ilegalidade da greve, que aguarda decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). "O único posicionamento dele é aguardar o parecer jurídico numa tentativa de desmobilizar a categoria", ressaltou a diretora do polo regional Oeste III do Sintep/MT, Edna Bernardo. "Queremos para a Educação o que é dela por direito", concluiu Gilmar Soares.