Hoje (06/08) completam 11 anos de reconhecimento do/a profissional da escola como profissionais da educação. Mas em Mato Grosso essa comemoração vem desde 1998. O projeto experimental da profissionalização nasceu em Cuiabá, em 1995, na rede municipal. O projeto foi um laboratório que deu o primeiro formato para a política de formação de funcionários e que se expandiu para todo o estado, nacionalmente com reflexos de debates em nível internacional. O dia 6 de agosto é o reconhecimento desse profissional no Brasil, a partir da Lei Federal nº 12.014.

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) defende a formação profissional, assim como valorização profissional, gestão democrática e outras conquistas. Desde 1998, a partir da aprovação da Lei da Lopeb, graças a organização dos trabalhadores e trabalhadoras da educação o estado reconhece os profissionais da educação como educadores/as. “A data de 6 de agosto é um momento ímpar na história, pois, reafirma esse compromisso com todos/as os/as funcionários/as de escola, profissionais da educação no país”, destaca a secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, e funcionária de escola, Guellda Andrade.

Segundo Guellda, o desafio para avançar nessa formação não é fácil. O Sintep/MT conquistou a formação a partir de um processo desafiador, em que existiu um Gestor com vontade política, momento em que o sindicato avançou no processo de diálogo para o experimento do projeto. Isso ocorreu em 1996, durante a gestão Dante de Oliveira. Na sequência, Dante de Oliveira se elegeu governador, novamente o Sintep-MT avança no processo de diálogo, e o estado implanta e implementa o Projeto Arara Azul em todo  Mato Grosso e profissionaliza mais de 95% dos/as trabalhadores/as da rede estadual de educação.

A formação contribuiu com a qualidade da educação, bem como, com a vida pessoal desses/as trabalhadores/as, pois muitas não tinham o ensino fundamental. Isso fez com que voltassem para o banco da escolar para fazerem a escolarização e a profissionalização, paralelamente. “Tivemos muitas pessoas com 40, 50 e 60 anos voltando para a escola, isso foi uma ‘boniteza’, como diria Paulo Freire. O projeto inseriu as pessoas num processo de aprendizagem e descoberta, foi um momento de muita riqueza para a educação, visto que, essas pessoas se descobriram educadores e educadoras”, afirma a secretária de Políticas Educacionais.

Considerando todos os desafios históricos, a dirigente aponta que a perspectiva do Sintep/MT hoje é avançar em mais uma etapa da formação. Passada a formação inicial, especificamente na rede estadual, pois nos municípios ainda existem retrocessos, a próxima fase é a formação superior específica para esse segmento da carreira.

“Todos os espaços da escola são educativos e todos são educadores. Sendo assim, entendemos que o profissional de escola necessita de uma formação superior, que corresponda ao seu processo de trabalho. 

Conforme Guellda, a formação contribui com a qualidade da educação e fortalece a identidade profissional desse/a trabalhador/a.   “O desafio atual para o Sintep/MT, para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e para os próprios funcionários é a oferta pública e a garantia do acesso e permanência desses profissionais na formação em nível superior”.

Para a Secretária de Política Educacional, é importante observar que a profissionalização em 1998 era um sonho, um desejo que se tornou realidade a partir da luta do Sintep-MT. Assim, a formação em nível superior também pode se efetivar, desde que haja vontade política por parte do estado para ofertar tal formação e compromisso com uma educação pública de qualidade. “Parabenizo a todos e chamo-os para essa luta, pois considerando que eu também sou uma funcionária de escola sei quais as barreira e limites que temos que vencer”, concluiu.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 06/08/2020 19:31:38


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