Os profissionais da Educação do município de Porto Alegre do Norte, município localizado a 1.143 km de Cuiabá, encaminharam, ontem (09), aos membros da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores estudos sobre a receita e as despesas da administração pública que comprovam a viabilidade de aplicação do piso de R$ 950,00 a todos os trabalhadores da categoria.

O documento foi protocolizado após reunião realizada na última sexta-feira (06) na sede do Legislativo Municipal para tratar da viabilidade de implementação do novo piso e da reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos profissionais da Educação no município, por meio da inclusão dos profissionais da Educação Infantil (trabalhadores das creches) e ainda do enquadramento dos técnicos e dos apoios. "Todos manifestaram apoio às nossas reivindicações e se comprometeram em analisar os estudos apontados por nós da viabilidade de implantação do piso de R$ 950,00, embora ele esteja bem abaixo do valor atualizado na Lei 11.738/2008", revelou a secretária de Finanças da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) no município, Divanez Alves Correia.

Os trabalhadores estão em greve há uma semana e por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após a negativa do prefeito Edi Escorsin de atender as reivindicações da categoria. Atualmente, o piso é de R$ 784,19, sem reajustes há três anos. O Executivo propôs, em julho, a implantação de R$ 900,00, mas contemplava somente os professores. "A categoria rejeitou porque entende que as escolas não vão funcionar sem os técnicos que são os agentes de limpeza, merendeiras, guardas, motoristas, entre outros. É preciso que toda a categoria seja contemplada", explicou a sindicalista.

Os profissionais ainda aguardam um posicionamento dos parlamentares e do prefeito. "O prefeito ignora a nossa mobilização já que ainda não se manifestou quanto ao envio oficial do PCCS ao Legislativo", protestou Divanez.

Retaliações - Divanez Correia revela que os profissionais da Educação já estão sofrendo retaliações por parte do Executivo municipal como ameaças de corte de ponto, suspensão de pagamento e rescisão de contrato. "Os trabalhadores e trabalhadoras da Educação no município não vão ceder a esse tipo de represália. Só estamos lutando por melhorias nas condições de trabalho desses profissionais". 

Confira em http://www.sintep.org.br/arquivos/081010_PAN_oficialgreve.pdf na íntegra o ofício encaminhado pelos profissionais da Educação ao prefeito municipal.
Cuiabá, MT - 10/08/2010 00:00:00


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