Mais uma tentativa de retorno às atividades escolares presenciais, na rede estadual de educação de Mato Grosso, chama a atenção do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). Desta vez, o foco são os estudantes do 3º ano do Ensino Médio, com aulas intensivas.
O projeto é considerado de baixa eficácia pela entidade, devido ausência de uma política de educação efetiva, que atenda as reais necessidades dos estudantes da rede estadual. E ainda, por colocar em risco os estudantes e trabalhadores/as da educação em virtude da Covid-19, que não está sob controle.
Os denominados aulões, previsto para iniciar agora em outubro, com transmissão pela TV Assembleia, youtube e de forma presencial em municípios polos, serão de aulas intensivas. Contudo, incorre no mesmo erro das medidas adotadas pela Secretaria de Estado de Educação durante o período de isolamento social; a exclusão.
“Os estudantes da rede pública estão afastados das salas de aulas e com defasagem curricular desde o início do ano, não serão dois meses que reconstruirão as lacunas abertas com a suspensão das aulas em função da pandemia. E mais, a Seduc/MT continua sem investir recursos para garantir a universalização do acesso efetivo ao processo de ensino aprendizagem.”, destaca Valdeir Pereira, presidente do Sintep/MT. Outro questionamento feito pelo dirigente é sobre os recursos aplicados, que conforme destacou, não podem sair dos 25%, constitucionais, da Educação.
Para o presidente, a falta de diálogo com os envolvidos dificulta que ocorram avanços nas políticas pedagógicas nesse período. “Defendemos o isolamento, enquanto não houver segurança sanitária. Mas isso não significa deixar de oferecer formação pedagógicas para os estudantes”, disse.
O Sintep/MT defende um novo modelo para as aulas remotas, em que os profissionais participem e construam uma nova proposta, menos excludente e de maior eficiência diante da realidade dos municípios e dos estudantes.
“No nosso entendimento, e com base no quadro internacional, 2021 seguirá dentro de formatação hibrida de aulas online e presenciais. Precisamos assegurar que o novo modelo não descarte o direito de todos à educação, que receba investimentos, financiamento, material e formação, quesitos os quais o governo Mauro Mendes, não demonstra interesse”, conclui Valdeir.
Assessoria/Sintep-MT