Direitos trabalhistas, combate à violência e emprego e renda foram temas do Encontro Estadual de Mulheres da CUT

O Encontro Estadual de Mulheres da CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi realizado no último sábado (21/11), de maneira virtual, e reuniu mulheres representantes de diversos segmentos da sociedade. Palestraram no evento online, a Defensora Pública Estadual, Dra. Rosana Leite, a advogada trabalhista, Dra. Tainã Góis e a Secretária Geral da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Fátima Silva. Os debates foram mediados por Angelina de Oliveira, que é da secretaria da mulher trabalhadora da CUT Mato Grosso.

“Foi um evento que trouxe como temas, diversas problemáticas enfrentadas por nós mulheres, desde a desigualdade na questão salarial e mercado de trabalho, ate a violência na sua mais ampla forma. Cada palestrante contribuiu com sua experiência e conhecimento. Posso dizer que saímos desse encontro ainda mais reflexivas, mas também, ainda mais determinadas para lutar pela igualdade e por políticas públicas que sejam de fato, democráticas para as mulheres”, disse Angelina.

Um dos temas discutidos o encontro, revelou, por meio de dados, um cenário alarmante no que se refere à participação feminina no mercado de trabalho. O levantamento feito pelo IBGE apontou que o número de mulheres no mercado de trabalho no país caiu ao menor nível em 30 anos. No segundo trimestre deste ano, as mulheres representaram 46,3% da força de trabalho. O índice considera as mulheres que trabalham e procuram emprego. É o menor número desde 1990, quando o índice foi de 44,2%.

Quando o assunto é violência contra a mulher, os índices são ainda mais assustadores. O número de feminicídios ocorridos nos seis primeiros meses de 2020 em Mato Grosso aumentou 68% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, só no primeiro semestre, 32 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, na qualificação de crime de feminicídio, enquanto que em 2019 foram 19 vítimas. Os dados são da Superintendência do Observatório de Violência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).

“Todos esses índices apenas respaldam o fato de que ainda vivemos numa sociedade onde o machismo atua de maneira ativa, e que, mais do que nunca, é necessário que se discutam políticas públicas que incluam e oportunizem as mulheres”, destacou Angelina de Oliveira.

Fonte: Assessoria Sintep-MT.

Cuiabá, MT - 23/11/2020 11:30:19


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