Conselho de Representantes do Sintep delibera mobilizações em defesa da Educação Pública de Mato Grosso

O Conselho de Representantes virtual do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), realizado durante o final desta semana 05 e 06 de dezembro, com representações de diversos municípios do estado de Mato Grosso, realizaram, os trabalhos de grupos apresentando as demandas regionais e, coletivamente, construíram estratégias.

Dentre as demandas da rede estadual, um dos itens inclusos na pauta de reivindicações, está a preocupação dos educadores com a determinação do governador Mauro Mendes para que o estado transfira as turmas das séries inicias do Ensino fundamental para os municípios. Os trabalhadores questionam a falta de estrutura das prefeituras em suprir essa demanda, o que poderá criar superlotação em salas de aula gerando insegurança sanitária e dificultar a aprendizagem.

Educadores da região Leste de Mato Grosso, apontaram uma outra problemática que precisa de atenção. Eles denunciaram que diversas unidades de Ensino da região que integram escolas indígenas, estão sem profissional no cargo de secretário escolar, por determinação do governo. Os trabalhadores reivindicam a ocupação desses cargos e que esses profissionais sejam escolhidos dentro da própria comunidade indígena.

Pautas como o cumprimento da gestão democrática - que inclui a comunidade escolar através do voto na escolha de diretores das escolas - e a implementação de unidades que ofereçam ensino em tempo integral, também foram incluídas ao relatório.

O não fechamento de escolas também fazem parte das reivindicações. As unidades da Escola Nova Chance, além dos Cejas (Centros de Formação de Jovens e Adultos), e a desestruturação dos Cefapros (Centros de Formação Profissional) foram citadas como motivo de luta da categoria.

Ao final das apresentações das demandas por região, os trabalhadores da Educação também citaram a determinação do governador Mauro Mendes para o retorno das aulas presenciais e híbridas já a partir do ano que vem, sem que a população esteja imunizada e em meio a uma crescente onda de contágio pela Covid-19. 

Reivindicações contra os ataques do governo ao Ensino Público, aplicando recursos destinados à Educação na iniciativa privada com licitações milionárias para aquisições de apostilas e softwares de ensino à distância, ao mesmo passo em que sucateia o serviço público com fechamento de unidades e desvalorização dos servidores. “O plano do governo Mauro Mendes em privatizar a Educação de Mato Grosso já começou. Ele quer extinguir os professores efetivos que dão aula para as séries iniciais do ensino fundamental até 2027 e vai começar a reduzir esses postos de trabalho já a partir do ano que vem. Além de não reajustar salários que, dentre as carreiras do funcionalismo público, o dos trabalhadores da Educação é o menor, ainda quer acabar com a carreira”, disse Valdeir Pereira, presidente do Sintep-MT.

“Nunca antes vimos um ataque tão intenso e articulado de um governo contra o Ensino público como estamos sofrendo agora, sendo assim, não nos resta outra alternativa que não seja lutar e resistir”, disse o sindicalista.

A Plenária do Conselho de Representantes aponta para a Assembleia Geral(07/12), a possibilidade de Greve Geral. Contudo, a decisão precisa passar pela categoria pois é ela quem delibera”, conclui o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.

Assessoria Sintep/MT

Cuiabá, MT - 07/12/2020 19:57:08


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