Sintep-MT participa de reunião com representantes do governo para debater a volta presencial das aulas em MT

A reunião que durou cerca de 3 horas, contou com a participação de diversos segmentos representantes da Educação, governo, deputados, movimento estudantil incluindo o presidente e diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Ensino Público do Estado (Sintep-MT). Logo no início, o secretário de saúde do Estado, Gilberto Figueiredo (que já contraiu Covid, inclusive chegando a ficar internado em uma UTI por mais de 10 dias) e sua equipe técnica, mostraram através de dados, o que os trabalhadores da educação e toda a população mato-grossense já sabe: a curva pandêmica no estado aumentou e continua aumentando de maneira significativa desde o mês de dezembro de 2020. Um dos dados apresentados mostraram que, de ontem (13/01) para hoje (14/01), o percentual de ocupação em leitos de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, saltou de 63 para 66%. Um ritmo que, se continuar, poderá rapidamente colapsar o sistema de saúde em Mato Grosso.

O Diretor da Secretaria de Redes Municipais do Sintep-MT, Henrique Lopes, disse que é consenso entre todos os trabalhadores da educação que o retorno presencial deveria ser discutido, no mínimo, somente a partir do segundo semestre deste ano, mediante uma imunização em massa desses profissionais e da população. “Alguns dizem que: ‘se podem abrir shoppings, também poderiam abrir as escolas’. Acontece que o resultado desse tipo de pensamento, nós estamos vendo agora, com a crescente dos casos”. O sindicalista também questionou o que mudou do início da pandemia, de quando as aulas presenciais foram suspensas, para o momento atual. “Será que o vírus está contaminando menos que antes? Não. E pior que isso, agora existe até mesmo uma nova variante cujos especialistas já disseram ser ainda mais poderosa no seu poder de disseminação”, disse.

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) que é da comissão de Educação da Assembleia Legislativa, fez um paralelo entre a falta de cuidados sanitários na condução da reunião, já que os microfones e canetas estavam sendo compartilhados entre os presentes sem nenhuma higienização – e o que poderia acontecer dentro de uma sala de aula com o retorno presencial. “Nós que somos adultos, estamos aqui nessa reunião e eu estou vendo pessoas compartilharem canetas para assinarem a ata, sem que ela esteja sendo higienizada. A mesma coisa acontece com os microfones que estamos utilizando. Esperar que crianças e adolescentes, por mais que exista um número reduzido por sala, tomem esses cuidados que nós aqui não estamos tomando, é no mínimo, incoerente”, criticou.

O Presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, em conformidade com a opinião de outros segmentos da comunidade escolar, disse que o retorno presencial neste momento não é seguro. “O que precisa balizar um retorno presencial das aulas, não são enquetes e nem mesmo a nossa opinião. Isso precisa ser feito com base em dados técnicos e científicos. Do contrário, iremos colocar toda população em risco, já que basta um estudante contaminado para contaminar seus familiares e daí por diante”, destacou.

Ao final da reunião, o secretário Estadual de Educação, Alan Porto, disse que a decisão final sobre o retorno presencial, semipresencial ou virtual das aulas só será anunciada nesta sexta-feira (15/01), após ele, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo e suas equipes técnicas, se reunirem com o governador Mauro Mendes. Porto ainda anunciou que a decisão levará em conta os dados científicos e as projeções feitas por especialistas sobre o avanço do vírus. 

“Esperamos que nessa decisão que será anunciada amanhã, o bom senso e a valorização à vida falem mais alto. Já são mais de duzentas mil vidas perdidas. Precisamos ter a segurança das pessoas como prioridade e o retorno as aulas é possível apenas com vacinação massiva da população”, finalizou o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.


Fonte: Assessoria/Sintep-MT.

Cuiabá, MT - 14/01/2021 16:38:32


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