Após muita pressão do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e da cobrança recorrente, desde 2020, de estrutura para os profissionais trabalharem nas aulas remotas, o governo estadual aponta para um programa que viabiliza computadores e conectividade para os professores. O projeto de Lei ainda desconhecido, foi entregue para apreciação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Para o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, toda e qualquer proposta que contribua e proporcione melhorias para as atividades dos profissionais da educação é bem-vinda. “Essa é fruto da cobrança que temos feito. Ela não compensa o desgaste provocado, mas, mesmo que tardia, vem para ajudar no processo”, destaca Valdeir.
O projeto ainda a ser avaliado precisa esclarecer pontos obscuros como critérios de escolha dos 15.890 profissionais (efetivos e contratados) que terão acesso; a forma com que os recursos (até R$ 6.020,00) serão disponibilizados pelo governo. Ou até mesmo, como funcionará a oferta de conexão, diante da realidade diversa dos serviços de internet no estado.
O presidente do Sintep/MT cita que o projeto de entrega de computadores já foi realizado em vários estados brasileiros, de diversas formas. O destaque é que os governadores, diferente do Mato Grosso, já tinham implementado medidas para mitigar os prejuízos dos profissionais e estudantes, durante a pandemia.
Há exatos um ano (23 de março de 2020), o país e o estado mudavam os rumos do processo educacional, levando a estrutura das salas de aula para dentro das casas dos professores e estudantes. “Foi preciso todo esse tempo para o governo apresentar um projeto que amenizasse o sofrimento dos profissionais, que tiveram que arrancar recursos, muitos financiando equipamentos para cumprirem com a política das aulas remotas”, esclarece Valdeir.
O dirigente reforça que todo esse esforço realizado pelos profissionais, apesar dos três anos de salários congelados e com redução ainda maior pelo aumento do desconto previdenciário, durante a gestão Mauro Mendes, se deve única e exclusivamente ao compromisso dos profissionais com os estudantes e com a Educação Pública. “Temos que destacar esse fato para reafirmar que se existe comprometimento com a busca da qualidade da educação pública ela tem se revelado pelo esforço, pressão e dedicação dos profissionais e não nas políticas dos governos”, conclui.
Fonte: Sintep/MT