Um ano após suspensão de aulas crise sanitária e educação retratam à inércia do governo

Um ano depois do primeiro decreto de suspensão das aulas na rede estadual, municipal e superior de ensino pública de Mato Grosso, devido ao coronavírus, muito pouco foi feito para o combate efetivo à pandemia, tampouco apoiar as escolas públicas com o desafio de uma crise sanitária. A posição do dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e presidente da CUT- MT, Henrique Lopes, conclama aos trabalhadores um dia de lockdown nacional, nesta quarta-feira (24.03), contra a inoperância dos governos federal, estadual e municipais. 

Mato Grosso atinge hoje (23.03.2021) o recorde de óbitos por Covid-19, com 125 mortes em um dia, e mais de 3 mil casos diagnosticados. A crise sanitária registra quase 7 mil vítimas fatais, no estado, no período. 

Conforme Henrique Lopes, um ano depois do vírus matar pessoas pelo mundo afora, o governo estadual se manteve alinhado com a política federal, sem nenhuma articulação para cobrar uma mudança da postura do governo Bolsonaro em relação à inércia política quanto à pandemia. 

A disputa entre interesses econômicos versus as medidas de preservação das vidas gera o caos, com colapso na saúde pública e privada, sem vagas em leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTI’s) para atendimento emergencial. E mais, dados de pesquisas nacionais (Inloco), revelam que Mato Grosso é o estado brasileiro com os piores índices de isolamento social do país. 

“O que a classe trabalhadora está colhendo é fruto da ausência de planejamento. É inadmissível que as pessoas precisem ficar asfixiadas nas filas, enquanto aguardam um leito de UTI, após um ano que sequer os hospitais de campanha foram articulados, ou a preparação de leitos, a busca de profissionais para atuar no setor, foi feita. É desastrosa a atuação dos governos estadual e de várias prefeituras que poderiam ter se articulado para resolver a situação”, ressalta.

Na educação, o dirigente destaca que até hoje estudantes e profissionais estão sem as condições necessárias para se ter a chamada aula remota emergencial, com os equipamentos necessários e conexão de internet. “Tempo foi mais do que suficiente, e dinheiro tem, pois se tem mais de R$ 7 bilhões para presentear meia dúzia de favorecidos. O que vemos é uma gestão complicada, com sérias consequências para a classe trabalhadora no estado”, conclui. 

Fonte: Sintep-MT

Cuiabá, MT - 23/03/2021 19:25:13


Print Friendly and PDF

Exibindo: 471-480 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter