Comunidade escolar é surpreendida com fechamento da EE Vitória Furlani, em Alta Floresta

O fechamento da escola deixará uma lacuna na educação no município, pois ficarão sem atendimento grande parte dos 800 estudantes.

Professores e alunos da escola Estadual Vitória Furlani, localizada no município de alta Floresta (790 Km de Cuiabá) foram surpreendidos com a notícia de que a unidade escolar com 44 anos de funcionamento, terá diversas turmas fechadas e deixará de existir no seu formato original.

A notícia foi anunciada após uma reunião chamada pela Secretaria Adjunta de Gestão Educacional da Seduc-MT. “Atualmente nós atendemos os três turnos, com cerca de 800 estudantes. Todas as séries do Ensino Médio, turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA’s) e com atendimento a estudantes estrangeiros. O fechamento dessa escola vai prejudicar toda uma comunidade”, disse o professor Cristiano de Oliveira Azevedo.

Para a diretora do Polo Sindical Nortão II, Francisca Ilmarli Teixeira, a extinção da Escola Estadual Vitória Furlani ocorre de forma arbitrária. “Não houve um estudo de impacto para saber os prejuízos que esse fechamento vai provocar na comunidade local. Os educadores e nem tampouco os estudantes foram ouvidos. A certeza que nós temos é de que muitos alunos serão prejudicados, especialmente aqueles que precisavam estudar no período noturno”, lamentou Ilmarli.

Além disso, a sindicalista destaca o papel histórico da escola para a cidade. “Alta Floresta vai completar 45 anos. A escola Vitória Furlani foi a primeira do município, tendo 44 anos de existência. A história da escola e da cidade caminham juntas e, por mais esse motivo, temos tido muito apoio da comunidade no sentido de resistir a esse fechamento”, disse.

Até o início de fevereiro de 2021 já havia sido contabilizado o fechamento de aproximadamente mil turmas na rede pública estadual de ensino em todo Mato Grosso. Não satisfeito com a precarização da Educação, o governador Mauro Mendes segue desativando unidades. “Essa é a política de desmonte do Ensino na rede pública. Com argumento de que não teriam estudantes o suficiente por turma, argumento este mentiroso, o governador fecha escolas e transforma unidades em escolas militares, cujo sistema de adesão é seletiva e completamente elitista, não tendo com objetivo atender o filho do trabalhador, a parcela mais pobre da população”, disse o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.

Conforme informações de professores da Escola Vitória Furlani, a unidade, além de não atender mais os três turnos, deve ter sua gestão militarizada, passando por uma total reformulação político-pedagógica.

“Nós repudiamos o fechamento de escolas, primeiro, porque as que funcionam atualmente já costumam ser lotadas, atendendo na capacidade máxima. Segundo, porque esses alunos remanejados vão ser amontoados em outras escolas em plena pandemia” disse Valdeir.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT.


Cuiabá, MT - 17/05/2021 18:29:25


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