O Sintep/MT vem a público lamentar os atos de violência praticados contra as escolas, gerando prejuízos financeiros, materiais, além de colocar em risco a vida de trabalhadores. Tal situação vem se agravando porque uma vez melhor aparelhadas, as escolas se tornam alvo direto das quadrilhas que aterrorizam a comunidade escolar.

O Sintep/MT reafirma que a ação dos bandidos encontra respaldo na ausência de ação policial de repressão nos arredores das escolas e na falta de um trabalho de inteligência da própria polícia, já que o alvo dos roubos são sempre materiais eletrônicos.

Reconhecemos também a deficiência do quadro de vigilantes nas escolas. Em geral, há um número insuficiente de profissionais nesta função e, pior, contratados temporariamente, sem capacitação adequada. Neste sentido, a contratação de pessoal efetivo via concurso público para as escolas e a profissionalização dos mesmos é imprescindível. Por esse e outros motivos, a posse dos aprovados no concurso 2010 é urgente.

Ressaltamos que somos contrários à terceirização, como apregoou um representante da Polícia Militar (PM) em reportagem do MTTV, da TV Centro América, no dia 04 de novembro, pois essa prática significa a redução de direitos dos trabalhadores e a precarização do trabalho. Historicamente, lutamos pela formação e valorização profissional, carreira única para os profissionais da educação, qualidade na Educação e em outros serviços públicos. Defendemos que todos que atuam na escola são educadores, responsáveis e co-responsáveis pelo processo educacional, condição que não será dada com quadro paralelo de pessoal e/ou contratações precarizadas.

Assim, somos contrários à existência de guarda armada nas escolas, pelo princípio de que a existência de armas ali significa reforçar a mentalidade de que os conflitos sociais devem ser resolvidos com mais violência. Resguardada a parcela de responsabilidade de todos (além do direito) pela segurança pública, temos instituições responsáveis pela execução dessa política, que não é a escola.  Ao invés de colocar uma arma nas mãos dos vigilantes escolares, é necessário que se aumente o contingente policial nas ruas e nas proximidades das escolas para a ronda permanente e ostensiva.

Reafirmamos que a solução, ainda que paliativa, está na soma de alguns esforços como a garantia de políticas de segurança pública com o efetivo de pessoal necessário, equipamentos e inteligência, maior participação e cooperação da sociedade, e nesse caso, dos vigias escolares com a polícia.

Estas questões observadas, acompanhadas do investimento necessário em tecnologia, sem aqui entrarmos no mérito das causas, é que poderão fazer o enfrentamento da situação de violência e de ataques ao patrimônio público.

 

Livre, democrático e de luta!

Cuiabá, MT - 09/11/2010 00:00:00


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