As 12 creches de Várzea Grande continuam sem itens essenciais da merenda escolar. No final da tarde de ontem (08/11), a Secretaria Municipal de Educação e Cultura encaminhou alguns alimentos à creche São Domingos Sávio, situada no bairro Cristo Rei. Mas o abastecimento não ocorreu a contento. Em função da gravidade do problema, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Mariana Rodrigues de Azevedo, localizado no bairro Mapim, não recebeu alunos hoje (09).

A situação na unidade está insustentável, a exemplo das creches Maria Lúcia, no bairro Capela do Piçarrão e Aurélia Correa, no bairro Parque do Lago, que também fecharam as portas ontem (08/11). "Não aguentamos mais fazer cotas," afirmou a diretora da creche Mariana Rodrigues, Magda Hintze, indignada com o descaso da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e da prefeitura de Várzea Grande.

A creche Mariana Rodrigues atende 60 crianças. Hoje à tarde recebeu 13 quilos de carne e cerca de 30 litros de leite, e reabre amanhã (10). "Agora é assim: tem merenda tem aula. Não tem merenda, não tem aula," avisou Magda Hintze.   

Segundo o vice-presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Emanuel Silva, apesar de ainda estarem funcionando, a merenda das demais creches municipais também está precária. "Contamos apenas com a doação de funcionários, pais e moradores da região", lamentou. Na creche São Domingos Sávio, por exemplo, da qual é diretor, as mais de 200 crianças que passam o dia lá só comeram carne na segunda-feira porque os funcionários se comoveram com a carência e compraram o alimento.

Ele ressaltou ainda que a variedade é o grande problema enfrentado pelas unidades infantis. "Faltam leite, pão, verdura, ou seja, uma alimentação com quantidade e variedade suficientes. Um item fundamental como o leite não pode faltar numa creche que atende crianças em fase de crescimento", protestou Emanuel Silva.

Um documento com o aviso da paralisação encaminhado à Secretaria na última quinta-feira (05) estipulou o prazo para regularização da situação até hoje. "Caso contrário, será impossível receber as crianças amanhã", lamentou Emanuel Silva. O Sintep-VG espera ainda que o Ministério Público esteja acompanhando a situação e interfira se necessário.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 09/11/2010 00:00:00


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