Trabalhadores e trabalhadoras da rede municipal de Educação de Sinop denunciam que a atual gestão se nega a cumprir o Plano Municipal de Educação (PME), enquanto deixa os recursos da Educação parados na conta bancária da Prefeitura. De acordo com o Portal da Transparência, esses recursos renderam R$ 573.402,29 de juros em 2017, o que poderia ter sido utilizado para melhorar a estrutura das escolas e também cumprir o Plano de Carreira da categoria, que prevê a unificação da carga horária em 30 horas semanais.

De acordo com o PME, que foi aprovado em 2014, professores e funcionários teriam jornada semanal de 30 horas a partir do terceiro ano de vigência do Plano, ou seja, em 2018. Nesse processo, os profissionais que trabalhassem 40 horas por semana teriam a jornada reduzida e os que atuam 20 horas semanais aumentariam a carga horária de forma gradativa. Em 2016 o PME foi cumprido, mas no ano passado a prefeita Rosana Martinelli (PR) se negou a continuar a redução da jornada.

Além dos juros das verbas paradas na conta bancária, a Câmara de Vereadores se comprometeu a devolver R$ 300 mil do Duodécimo (repasse feito pelo Executivo para manutenção e funcionamento) para reduzir o impacto da redução da jornada nas contas do município. Em média, a alteração na carga horária semanal, tem um incremento de R$ 140 mil por mês na folha salarial da Educação.

"Os dados do Portal da Transparência mostram que não houve falta de recurso, mas ineficiência da gestão que decidiu penalizar os educadores, mesmo tendo dinheiro suficiente para cumprir o Plano Municipal de Educação. Os educadores e educadoras não ficarão calados diante dessa situação", afirma o diretor da regional Nortão III, do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira.

Assessoria Sintep/MT

 

Ciuabá, MT - 18/01/2018 16:45:11


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