Os profissionais da educação do município de Cocalinho (923 km leste da capital, Cuiabá) saíram às ruas, ontem (quinta-feira), numa carreata contra o descaso da prefeita Dalva Maria de Lima Peres (PSDB) ao pagamento dos salários dos educadores.  Desde Março, o executivo vem descumprindo o reajuste do Piso Salarial, de 12,84%, que deveria ter sido pago no salário de Junho. A mobilização organizada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no município, promoveu um buzinaço para despertar a população, para a falta de compromisso e a tentativa de calote da administração municipais.

Com faixas e cartazes colados nas latarias dos carros, os profissionais circularam pela cidade, exigindo o reajuste imediato, conforme o determinado pelo Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). A lei do PSPN assegura aos trabalhadores da educação do país, recomposição salarial em Janeiro. Contudo, a data base da categoria em Cocalinho é em Março, mas a prefeita ignorou e comunicou que em 120 dias faria a recomposição. Negociação não aceita pelos profissionais, até porque a prefeita aumentou seu salário para R$ 19 mil, durante a pandemia. Hoje o piso proporcional (com base na jornada) do profissional da educação no município é de R$ 1.918,30. O nacional é de R$ 2996,24.

“A prefeitura aproveitou a pandemia para suspender o direito dos profissionais alegando queda na arrecadação. Mas não cita a redução de gastos com a suspensão do transporte, merenda e custos com a manutenção das escolas, que estão apenas cumprindo a determinação de entrega de materiais pedagógicos para os estudantes e familiares”, destaca diretor regional do Sintep/MT, Paulo Roberto Guimarães.

Conforme a presidente da subsede do Sintep Cocalinho, Poliana Soares Amaral a mobilização contou com participação da comunidade, pais de estudantes, e até do sindicato dos servidores públicos do município (Sispumc). A carreata, em estilo DRIVE-THRU, seguiu as orientações sanitárias cumprindo medidas de distanciamento social, uso de máscaras e álcool gel, na prevenção da COVID-19. 

Segundo a dirigente, a prefeita usa de argumentos falaciosos para tentar ganhar a opinião popular. Assegurar o direito é garantir que os profissionais e familiares passem pela pandemia ser grande prejuízos. E mais, essa não é uma ação nova da Prefeitura. Em 2019, a mesma gestora negou o reajuste da categoria, que foi conquistado após uma greve de três dias na rede municipal”, relatou Poliana. 

Assessoria/Sintep-MT

Ciuabá, MT - 14/08/2020 15:50:16


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