Toneladas de remédios vencidos foram incineradas. Remédios de alto custo comprados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) acima do preço médio de mercado. No entanto, o usuário do Sistema único de Saúde (SUS) é obrigado a recorrer à justiça para ter acesso aos medicamentos. Esse é o quadro da política de medicamentos existente em Mato Grosso.

Esse triste cenário foi discutido pelos membros do Conselho Estadual de Saúde (CES/MT), em reunião extraordinária realizada na semana passada, no Hotel Fazenda Mato Grosso. O debate sobre a situação dos medicamentos adquiridos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) contou com a participação de representantes da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF), do Ministério Público Estadual, dos hospitais regionais de saúde, dentre outros.

De acordo com o conselheiro de Saúde e secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Orlando Francisco, a CAF não soube informar de quem é a responsabilidade pela fraude em relação ao superfaturamento dos medicamentos e muito menos a quantidade exata de remédios adquiridos. "A Secretaria Estadual de Saúde feriu o principal objetivo da política de medicamentos que é garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade desses produtos, e a promoção do uso racional e o acesso à população", argumenta o sindicalista ao responsabilizar a atual gestão estadual da SES/MT pelo desperdício de recursos públicos.

Durante a reunião do Pleno, foi aprovada uma resolução para ser encaminhada ao Ministério Público para que apure as responsabilidades. "Situações como essas, que são colocadas como motivo para a terceirização, além de onerar os cofres públicos e colocar em risco a saúde da população, são um desrespeito. E também deixam claro a incompetência do Estado e que a saúde, como política pública, não é prioridade", definiu. 

 

 

Cuiabá, MT - 19/05/2011 00:00:00


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