A greve na rede estadual de Educação, iniciada no dia 06 de junho, será discutida hoje (27), em assembleia geral, às 14h, na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá. Na Reunião Ampliada realizada neste domingo (26), a Direção Central do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e dirigentes das subsedes de diversos municípios sinalizaram com a continuidade da paralisação.

A categoria reivindica a implantação imediata do Piso Salarial de R$ 1.312,00 para todos os profissionais da educação. Não há uma nova proposta do governo do Estado que, inclusive, entrou com uma ação declaratória de ilegalidade da greve. A liminar foi assinada pelo desembargador José Tadeu Cury, mas o presidente do Sindicato, Gilmar Soares Ferreira, lembra que o prazo de 72 horas para o retorno das aulas será contado a partir da publicação da decisão.

Desta forma, o Sintep/MT entende que a categoria tem tempo suficiente para as devidas avaliações na assembleia geral de hoje. "É praxe a publicação dos despachos dos Juízes no Diário da Justiça e até o meio-dia desta sexta-feira (24) esta liminar ainda não havia sido publicada", acrescenta. O sindicalista lamenta a forma autoritária como o governo de Mato Grosso trata a greve na Educação, se valendo de argumentos inverídicos, principalmente com relação à arrecadação da Educação.

Gilmar Soares ressalta que a greve denuncia justamente o descaso do Poder Público com a escola pública. "É lastimável que o Estado não atenda a demanda educacional que lhe é devida, sucateie as escolas públicas, não garanta pessoal efetivo (já aprovado em concurso), favoreça a existência de trabalho não remunerado ao não pague hora-atividade aos interinos, retire recursos significativos da Educação, pague os aposentados com recursos da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), sob o silêncio do próprio Judiciário, inclusive do Ministério Público e do Poder Legislativo, que fecham os olhos ao descumprimento da Constituição Estadual pelo próprio governador", protesta.

A assessoria jurídica do Sintep/MT irá recorrer da liminar até a última instância. De acordo com o presidente do Sindicato, a continuidade ou não do movimento é decisão soberana da assembleia geral. Até lá, as atividades continuam paralisadas, assim como será mantido o acampamento montado na Praça Ulisses Guimarães, na Av. do CPA, em Cuiabá.


Cuiabá, MT - 27/06/2011 00:00:00


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