Dando continuidade ao I Seminário Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a diretora executiva responsável pelo escritório da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Brasília, Lúcia Reis, participou da mesa-redonda "Regulamentação do direito de greve no setor público". A discussão ocorreu na tarde de hoje (24), no auditório da entidade, em Cuiabá. "Seria uma maneira de fazer com que os representantes dos Poderes Executivos sejam obrigados a negociar com os servidores públicos", afirmou Lúcia Reis, em relação à regulamentação. De acordo com ela, a situação atual é unilateral, representada por congelamento de salários, locais de trabalho insalubres, dentre outras condições. "A proposta é rever o relacionamento entre Estado e servidores", acrescentou. Também esteve em discussão "Ações e interações na garantia do direito de greve na Educação, tendo em vista as redes municipais". Segundo o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, a participação da Central Nacional trouxe contribuições muito importantes. "É importante para compreendermos a melhor maneira para avançar nesse e em outros pontos", avaliou. O secretário de Comunicação do Sindicato, Julio Cesar Martins Viana, defendeu a regulamentação do direito de greve. "Mas com a finalidade de estabelecer parâmetros mínimos, porque é de conhecimento que não resolverá todos os problemas", considerou. "Cabe a nós lutar pelo alargamento desses parâmetros", acrescentou. Para o assessor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Cláudio Santos, que também participou das discussões no período da manhã, a grande dificuldade da negociação coletiva é a resistência do Poder Executivo. "Se os secretários, prefeitos e governadores não concordam com o que os trabalhadores propõem, eles simplesmente desconsideram a proposta definitivamente", ponderou. O I Seminário Jurídico do Sintep/MT prossegue amanhã (25), a partir das 9 horas. A mesa-redonda tem como tema "Organização e finanças das subsedes".