A crise no atendimento do MT Saúde continua. O acordo firmado pelo governador Silval Barbosa e o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat), com o aval da Assembleia Legislativa, garantindo a regularização imediata do atendimento aos usuários do MT, não está sendo respeitado. Os servidores públicos e coparticipantes do plano de saúde não conseguem agendar exames, nem uma simples consulta na rede credenciada.
São inúmeras as reclamações que o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) tem recebido pelo telefone 0800 65 4343. São reclamações oriundas de Tangará da Serra, Cáceres, Poxoréo, Primavera do Leste, Rondonópolis, Barra do Garças, Guiratinga, Diamantino, Nobres e outros municípios, como também de Cuiabá e Várzea Grande.
Algumas situações relatadas são gravíssimas, como o caso da professora Maria Aparecida Pertrzack, 46 anos, de Tangará da Serra, que tem apenas 50% do pulmão em funcionamento. Ela está sem tratamento há mais de um mês.
A dona de casa Fabiane François Ferreira, 26 anos, que está fazendo pré-natal, está preocupada com o parto que será ainda em julho. Segundo informações passadas pelo marido dela, que é policial militar, os hospitais MedBarra e Cristo Redentor não estão atendendo.
A professora aposentada Valdete Lopes Aguiar, do município de Poxoréo, relatou que também não consegue marcar sequer uma simples consulta. Ela já tentou até em Primavera do Leste.
Segundo o secretário de finanças do Sintep/MT, Orlando Francisco, o sindicato está orientando os usuários do MT Saúde a denunciarem a falta de atendimento à Defensoria Pública. O sindicato também irá encaminhar as denúncias ao Ministério Público Estadual, como fez no caso de Valmir Paz Coleraus, de Diamantino, com tumor no pulmão. O usuário do MT já havia conseguido até liminar judicial, em dia 12 março, que não foi respeitada pela empresa.
Orlando Francisco ainda orienta que os servidores públicos continuem reclamando na ouvidoria do MT Saúde (0800 647 7770), e no Sindessmat (65 3623 0177), que firmou o acordo com o governo estadual. Ainda, coloca o 0800 65 4343 do Sintep/MT para continuar recebendo as denúncias da falta de atendimento.
Para o presidente do SINTEP/MT, Gilmar Ferreira, o não funcionamento do MT Saúde é responsabilidade do governador Silval Barbosa e dos representantes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. "Além da falta de respeito, isso é apropriação indébita dos recursos que foram descontados dos contra-cheques dos servidores públicos. O Sintep/MT irá continuar cobrando e denunciando todas as irregularidades, semanalmente, ao Ministério Público e aos meios de comunicação", disse o presidente, indignado com o pouco caso que as autoridades estão fazendo em relação à saúde dos usuários do MT Saúde.
O Sintep/MT e o Fórum Sindical também continuam a cobrar a aprovação a criação e instalação do Conselho Deliberativo e Fiscal do MT Saúde, com a participação dos servidores públicos. "Só com a criação destes dispositivos teremos condições reais de acompanhar e fiscalizar a correta aplicação dos recursos aplicados no MT Saúde" afirmou o sindicalista, lembrando que a criação do sistema de gestão também foi compromisso do governo estadual e dos deputados.
Acordo - A Secretaria de Administração de Mato Grosso fechou acordo de parcelamento da dívida com a rede credenciada no MT Saúde. O acordo foi assinado no dia 30 de março pelos secretários de Administração, Cesar Zilio, de Fazenda, Edmilson dos Santos, representantes da Assembleia Legislativa e Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso. 
Com o acordo, a dívida, que ficou em R$ 39 milhões, foi parcelada em sete vezes, a serem pagas pelo Governo. No dia 10 de abril foi paga a primeira parcela. O próximo pagamento será dia 25 de abril e a última parcela será paga em 20 de setembro.

Clique aqui para ler o acordo. 

Cuiabá, MT - 20/04/2012 00:00:00


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