Os
trabalhadores da educação das redes municipais de Curvelândia, Sinop e Pontal
do Araguaia permanecem em greve por tempo indeterminado. Em Jangada, após 31
dias com as atividades suspensas os educadores conseguiram o piso de R$ 1.050
para 30 horas semanais e deliberaram pelo retorno ao trabalho. Professores,
técnicos e apoios voltam às escolas na próxima segunda-feira (27). A presidente da subsede de Jangada (80 km ao Norte da Capital) Suzana de Araújo
diz que a categoria conseguiu avançar rumo à valorização profissional. Conforme
acordo com o prefeito, o novo valor do piso será alcançado de forma escalonada
até dezembro. Atualmente os profissionais da rede municipal recebem o piso de
R$ 570. A deliberação pelo retorno às atividades foi registrada na assembléia
realizada nesta quinta-feira (23). No dia em que completa 32 dias de greve em Sinop (500 km ao Norte da Capital),
a subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT) foram notificados da decisão da Justiça determinando a volta ao
trabalho. A presidente da subsede Sidinei
Oliveira Cardoso diz que a sujeição à multa no valor de R$ 20 mil diariamente será
avaliada em assembléia a ser realizada na segunda-feira (27). A categoria irá decidir se retornar ou não ao serviço, mesmo diante do impasse
na concessão da equiparação salarial e a negativa do prefeito em negociar com
os trabalhadores. A adesão à greve é de 85% dos trabalhadores. Nesta sexta-feira (2) os educadores estiveram reunidos com deputados e
vereadores para buscar um caminho para atingir as reivindicações. Desde o
início da greve ocorreu apenas uma reunião com o prefeito. Os trabalhadores
exigem o mesmo valor de piso pago à rede estadual, pois a diferença chega a
33%. Em Curvelândia (311 km a Oeste da Capital) a greve completa 22 dias sem
previsão para chegar ao fim. O presidente da subsede do Sintep/MT Edimilson
José Ferreira aguarda um posicionamento dos trabalhos realizados pela comissão
formada pela Prefeitura. O Sintep/MT foi convidado a participar, mas não
enxerga avanços no processo. Ao todo 12 pessoas, entre representantes da Câmara
de Vereadores, Prefeitura e trabalhadores fazem parte do grupo. Edimilson diz que já foram apontadas várias irregularidades na folha de
pagamentos e uma assembléia geral está marcada para a próxima terça-feira (28) às
17h. Desde o dia 14 de maio os educadores de Pontal do Araguaia (512 km ao sul da
Capital) estão em greve. Na tarde de sexta-feira (24) os profissionais
realizaram ato público cobrando pelo atendimento da pauta de reivindicações,
que envolve melhores condições de trabalho, adequação do PCCS de 2009 e
aplicação do piso no valor de R$ 1.567. O presidente da subsede Omar Cirino informa que uma proposta foi enviada hoje,
mas será avaliada na segunda-feira (27). Ele diz que o movimento permanece
firme.