Escola Estadual Nova Galileia atende alunos nos corredores
por falta de reforma A subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público
de Mato Grosso (Sintep/MT) em Colíder protocolou denúncia de uma escola
interditada pelo Corpo de Bombeiros há 4 meses e que até o momento não recebeu
intervenção do governo. Devido às condições, os estudantes da Escola Estadual
Nova Galileia são obrigados a ter aula nos corredores. A situação tem indignado
a população da cidade que tomou conhecimento do descaso pelos profissionais que
estão em greve desde o dia 12 de agosto.
A Comunidade Nova Galileia, onde está localizada a unidade escolar, fica a 25
quilômetros de distância da área urbana de Colíder. Esta semana, motivados
pelas manifestações da greve, o abandono da escola que aguarda por reforma
revoltou a comunidade, pais e estudantes. O prédio construído na década de 80
está completamente ameaçado e não oferece condições mínimas aos estudantes.
A interdição pelo Corpo de Bombeiros data do dia 4 de abril e a presidente da
subsede do Sintep/MT Edina Martins de Oliveira diz que a situação é
insustentável e após meses de espera de ação por parte da Secretaria de Estado
da Educação (Seduc) foi necessário pedir intervenção do MP. "Não só os
profissionais estão indignados como a comunidade pelo tempo que passou e ainda
não foi tomada providências, pelo caso tão precário. Esses alunos não podem
ficar nessa situação".
A Escola Estadual Nova Galileia tem 4 turmas do ensino fundamental com cerca de
100 alunos. A quadra esportiva, que também precisa de reforma, foi uma
construção da própria comunidade que necessitava dos espaço mas não encontrava
naquela época retorno do poder público. Movimento grevista Os profissionais da educação da rede estadual de Colíder
realizaram vários atos públicos para cobrar melhorias nas condições de trabalho
e estudo dos estudantes. Hoje a categoria se mobiliza em um ato público na
Feira da Lua, na praça central, onde serão distribuídos panfletos com
informação sobre o movimento.
Segunda-feira (19) educadores, estudantes e pais acompanharam a sessão da
Câmara. Os representantes do Sintep/MT usaram a tribuna para esclarecer sobre a
greve por período indeterminado e protocolaram ofício no Legislativo. Desde o
início da greve Colíder desenvolveu ainda atividades na Escola Estadual
Cleonice Miranda da Silva e denunciado as atuais condições de ensino na cidade.
Atualmente 6 das 8 escolas estaduais do municípios estão totalmente com as
aulas suspensas.