O presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB) reafirmou o apoio ao movimento de greve dos 38 mil profissionais da rede pública de Educação do Estado que está na terceira semana. "Estamos ouvindo as reivindicações para encaminhá-las ao governo com objetivo de obtermos uma solução positiva para a categoria", disse Romoaldo. Os grevistas ocuparam a galeria do Plenário do Legislativo, durante a sessão matutina de hoje (28) para sensibilizar os deputados sobre a pauta de reivindicação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes Nascimento, a classe defende um reajuste de 10,4%, além da reposição sobre os índices de inflação decorrente do ano e a equiparação dos salários base, com servidores de outros poderes. "A Assembleia se mostrou atenta à nossa luta e se comprometeu a apoiar a reivindicação da categoria junto ao Governo do Estado", disse Henrique. Segundo o sindicalista, o Estado também deve esclarecimentos referentes ao quadro de contratados e efetivos na Educação. Conforme, Henrique Lopes, o quadro de interinos é maior que o de efetivos. "É mais barato e cômodo para o governo manter os temporários e não chamar os aprovados para a efetivação", afirmou. Henrique Lopes avaliou que a greve deixou 400 mil alunos sem aulas. Na avaliação dos deputados Ezequiel Fonseca (PP), Alexandre Cesar (PT), Ademir Brunetto (PT) e Zé Domingos (DEM), a greve dos professores é legitima no sentido de a categoria cobrar direitos adquiridos. Ezequiel Fonseca foi além ao ressaltar as questões à estruturação das escolas estaduais em todo o estado de Mato Grosso e a valorização da classe dos profissionais do ensino. "O Governo deve ouvir a categoria que reclama de salários, mas também de outras necessidades como valorização e estrutura física das escolas", afirmou.