Para categoria o governo pode avançar na proposta e atender a
pauta dos profissionais
Em
assembleia geral os trabalhadores da educação da rede estadual de ensino
deliberaram pela continuidade do movimento grevista. A proposta encaminha esta
semana pelo Executivo foi apreciada, debatida e os profissionais acataram
parcialmente o documento. Para a categoria é possível que o governador avance
na proposta e atende a pauta dos trabalhadores.
A contraproposta, que será enviada ao Executivo, comunicará a deliberação da
assembleia com os apontamentos em relação à remuneração salarial e à
hora-atividade dos interinos.
O posicionamento dos trabalhadores em relação à projeção de aumento para dobrar
o poder de compra é que o governo deve prever a política da dobra do poder de
compra a partir de 2013 ao invés de 2014.
A categoria discordou da proposta de parcelamento em 3 vezes do pagamento da
hora-atividade e cobrou a imediata aplicação do direito dos trabalhadores. O
tempo para aos profissionais para planejamento de aula, pesquisa e correção de
trabalhos, é um direito que foi extinto em 1992 pelo governador Jaime Campos e
desde então não pode mais ser gozado pelos contratados. Os trabalhadores
considera que a luta é legal e a hora-atividade não pode ser mais prorrogada.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT) Henrique Lopes do Nascimento destacou logo no início da assembleia
que a 1ª proposta salarial chegou aos 38 dias de greve e é preciso refletir e
avançar mais junto ao governo.
O encaminhamento da direção do Sintep/MT sobre o acatamento parcial do
documento do Executivo foi um consenso no momento da votação. Foi decidido que
os municípios devem ter mais tempo para avaliar em assembleias locais a
proposta.
"A nossa pauta foi construída através da mobilização do sindicato e vamos
reafirmar nossos princípios. É uma proposta (do governo) que poderia ter vindo
antes, mas abriu o diálogo e queremos avançar para chegarmos a um consenso",
diz Henrique.
O ponto de maior discussão segundo Henrique, ocorreu na data para o início da
política de dobrar o poder de compra. "O que a categoria questiona é porque
o governo não apresenta a previsão de reajuste a partir de 2013".
Para a professora de Poconé, Suzana de Arruda, 39, a greve deve continuar.
"Nossa pauta foi encaminhada desde o começo do ano. Ficamos em estado de
greve e agora o governo faz uma proposta alegando aumento para o próximo ano.
Isso comprova que ele não tem compromisso com a educação".
Agenda de mobilização
A assembleia
geral também deliberou a realização de uma passeata, que ocorreu após a votação
pelo Centro da Capital. Cerca de 2 mil educadores participaram da
passeata. Para a próxima semana os
trabalhadores se preparam para as atividades de fechamento da Secretaria de
Estado da Educação (Seduc) e passeata.
O trancamento do órgão público é organizado pela subsede de Cuiabá e o ato
público pelas demais subsedes do Sintep/MT. A passeata na quinta-feira (26)
será realizada no Centro Político e Administrativo (CPA), horas antes da
abertura do 15º Congresso Estadual do Sintep/MT.
Pauta de reivindicações