Prefeito corta salários referente aos dias de paralisação

A Prefeitura de Confresa cortou oito dias de serviço no pagamento de salário do mês de março, alegando falta injustificada. O corte de salário foi referente aos 15 dias de paralisação.

"Indignada com o corte de salário, a categoria decidiu cobrar ressarcimento imediato dos dias cortados no pagamento, caso contrário a greve seria retomada', informa a presidente da subsede do Sintep/MT, Lucimeire Lazara, ressaltando que a prefeitura reconheceu que foi um erro, mas não disse quando iria efetuar o ressarcimento.

A decisão dos/as trabalhadores/as da educação foi tomada em Assembleia realizada dia 14 de abril, com a presença do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes do Nascimento e do secretário das redes municipais, Alex Ferreira da Cruz.

A presidente da subsede do Sintep/MT classificou a atitude do executivo como arbitrária e autoritária. "O corte de salário foi feito sem comunicar. Em nenhum momento, durante as negociações isso não foi cogitado, portando é uma medida punitiva e de intimidação da categoria por ter realizado a greve. O que apenas gerou insatisfação e desgaste político com mais essa paralisação", argumentou a professora.

Para o presidente do Sintep/MT essa é uma atitude abusiva, e que significa falta de respeito a legislação. "A greve é um direito dos trabalhadores. É uma atitude coercitiva, equivocada, que não colabora com a educação municipal. A prefeitura reconheceu que foi um erro e espero que corrija o equívoco na mesma velocidade em que cometeu", afirmou o professor Henrique Lopes ressaltando que a prefeitura tem mecanismo para corrigir o erro imediatamente.

E, nesta terça-feira (23.04), vencido o prazo estabelecido pela categoria para que o executivo municipal efetuasse a correção do salários do mês de março, a greve foi retomada com protesto em frente a Prefeitura Municipal.

Mediante a pressão da categoria, o Poder Executivo encaminhou ofício ao sindicato reafirmando que só realizará o pagamento dos valores descontados no próximo pagamento, que ocorrerá no dia 10 de maio e ainda condicionou à apresentação de um plano de reposição de aulas à Secretaria Municipal de Educação.

A direção da subsede solicitou audiência com a Promotora de Justiça da Comarca de Porto Alegre do Norte, Luciana Fernandes de Freitas. A promotora atenderá o sindicato hoje, quinta-feira (24.04), às 13h. E no final da tarde, ás 17h30 a categoria realizará assembleia, na Escola Municipal Vida Tapiraguaia, para analisar o oficio encaminhado pela prefeitura.

O movimento de paralisação, realizada em março, durou 15 dias e chegou ao fim após a proposta de 12,5% de reajuste para março, 3% em outubro e outros 7% além da correção do índice do piso em fevereiro de 2015.

Cuiabá, MT - 24/04/2014 00:00:00


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