Conselho de representantes do Sintep/MT (15/08/2015) Abertura com a análise de conjuntura da atual realidade sócio política do país.

Palestrante prof. Dr. Marcos Macedo Caron (UFMT)


Reflexão sobre a análise de conjuntura.


A atual realidade política e econômica brasileira é mais decorrente do poder de fogo da mídia golpista brasileira com seu discurso alienante do que da real crise econômica que assola a maioria dos países, muito deles com economia até então consolidada. A mídia e a direita reacionária se fundem para atender a seu interesse básico - lucrar, para isso se atrela aos interesses internacionais para voltarem a explorar o Brasil e seu povo.  Assim, um sistema de governo mais popular, voltado aos movimentos sociais e a inclusão social, daqueles que por gerações, séculos tiveram seus corpos físicos e psicológicos explorados, manipulados e deformados pela elite hegemônica; vai contra aos interesses do capital sem limites.

Dessa forma, como está evidente nas transformações sociais que o governo dos trabalhadores – um governo popular, mas progressista, já fez neste país com seus acertos e equívocos, e o que poderá fazer nos próximos anos; leva a elite rentista a manifestar a ira e ódio que possui em relação àqueles que construíram este país, mas que até então, pouco lhes foi revertido em benefícios sociais. Esses sentimentos, dos serviçais do capital, os levam a atacar os cidadãos politizados independente de classe social ou econômica, a partir de duas frentes. A primeira propaga uma concepção ideológica alienante que visa formar naqueles que não têm consciência de classe, disseminando que tudo está mal neste país devido a administração política e econômica dos últimos treze anos.  Assim, os trabalhadores que aderem a concepção dessa elite reacionária, que pretende voltar ao poder a todo custo, passam a funcionar como massa de manobra, ao ser a linha de frente no ataque a seus próprios companheiros de classe. Na outra frente agem da forma como sempre agiram para massacrar, dominar e reduzir os trabalhadores a exploração. Mas, atualmente de forma desvelada, usam todos os meios que puderem para tirar os trabalhadores do cenário político e administrativo do país; evidenciando até mesmo o intuito de exterminar os que resistirem. 

Atualmente a direita reacionária, mídia golpista e países imperialistas se sentem ameaçados pela classe trabalhadora brasileira. Assim, lutam incessantemente para dar um golpe em um governo dos trabalhadores, legitimamente eleito em uma democracia consolidada através da luta, na qual muitos brasileiros tiveram suas vidas tolhidas. 

O maior desafio que temos é fazer com que a classe trabalhadora faça a luta em defesa de uma sociedade democrática, justa e humana. E compreenda que a luta pela inclusão social de todos e todas que ainda não têm acesso aos bens sociais é a única forma de transformarmos a sociedade em prol do coletivo.

Enquanto trabalhador lutar para voltar a política governamental que imperou até 2003 com base na exploração dos trabalhadores e no entreguíssimos das riquezas e do patrimônio nacional ao capital imperialista representa alienação as ideologias que disseminam o ódio contra a própria classe trabalhadora. Qual seria o motivo desse ódio todo da direita reacionária e conservadora contra os trabalhadores? Podemos  metaforicamente refletir sobre esse questionamento parafraseando o professor Marcos Caron.

Vivíamos em um país onde apenas 30% da população estava socialmente incluída.  Ou seja, tinha acesso aos bens sociais produzidos neste país.  Imaginem que estamos numa sala, numa festa, em um banquete.  Alguém assume a coordenação desse espaço, abre as portas e coloca mais 40% da população nesse mesmo espaço com as mesmas condições; então começa a disputa política por espaço e poder. A elite conservadora que sempre explorou este país jamais aceitará dividir esse espação com os recém incluídos; portanto, não lutará para ampliar a sala, para que comportem todos que e nela estão e possa trazer os outros 30% ainda não incluídos neste espaço social; então ela passa a lutar para que os 40% sejam postos para fora. Uma das formas de se fazer isso é tirar os anfitriões que incluiu socialmente os 40% e voltar ao poder de dominação e controle desse espaço, custe o que custar.

Assim, vivemos uma crise no país que é capaz de alterar os conceitos da moral e da ética, uma vez que a concepção de democracia só é válida dependendo de quem é eleito para administrar esse país, ou seja, se for a direita.  A corrupção existe apenas a partir do momento em que um governo deixa de engavetá-la e assegura transparência e lisura na apuração dos fatos sem interferir no processo. Dessa forma, temos de ir além, fazendo os seguintes questionamentos: se este país foi o paraíso por 500 anos, mas foi paraíso para quem? Se atualmente é um símbolo de tudo o que existe de ruim no mundo, mas é ruim para quem e por que?

A direita fará de tudo para voltar o país a realidade deles. Seus ataques são planejados e articulados para dividir a classe trabalhadora, fazendo com que os recém incluídos socialmente, passem a pensar a partir da ideologia difundida pela elite conservadora e reacionária.  A mudança consciente desse posicionamento dependerá de tempo para que ela compreenda que é classe trabalhadora com acesso aos bens sociais e de consumo, devido a política econômica de um governo popular que reverteu a referência que o país possuía de ser um dos com a pior distribuição de renda, para ser referência em distribuição de renda. Se tal consciência não vier por este viés, virá no momento em que forem convidados a sair sala de jantar, para voltarem a condição histórica que vivia, que seus antepassados levaram cinco séculos para mudar

Assim, concluímos o contexto histórico que vivemos não é necessariamente devido ao contexto atual de corrupção, mas devido à como o governo dá transparência e autonomia para que os órgãos responsáveis a investigue e puna os responsáveis; outro fator determinante que desperta a ira da direita reacionária é devido à forma como esse governo popular implementou políticas fiscais que reduziu significativamente a sonegação fiscal e a evasão de divisas. Portanto, enquanto trabalhadores devemos distinguir política de politicagens; e ter clareza de quem realmente nos representa politicamente e enquanto classe.

 


Por: Edivaldo Aparecido Mazolini

Cuiabá, MT - 16/08/2015 12:27:14


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