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Com o objetivo de conhecer a realidade local para estabelecer relações de solidariedade na luta e organização sindical, a CNTE – Confederação Nacional dos(as) Trabalhadores(as) em Educação, através dos representantes da Executiva Nacional Fátima da Silva – Secretária de Relações Internacionais e Gilmar Soares – Secretário de Formação Sindical, visitaram São Tomé e Príncipe na África, neste início de setembro.
A visita se situou no contexto de ampliação das relações sindicais no âmbito da Internacional da Educação (IE), envolvendo os países de Língua Portuguesa, num esforço da CNTE de apoiar as lutas sindicais pelo Direito à Educação e Escola Pública, Gratuita e de Qualidade Social, como alternativa à transformação das realidades de miséria e pobreza a que vários destes países de língua portuguesa estão submetidos por consequência do colonialismo sofrido.
Dentre as atividades desenvolvidas durante a visita, aconteceram reuniões com o secretariado do SINPRESTEP – Sindicato de Professores e Educadores de S. Tomé e Príncipe; reunião com mulheres representantes de escola; visitas às regiões e distritos para conhecer a realidade das escolas e dos educadores. Na reunião de acolhida da CNTE com o secretariado da entidade local, o Secretário Geral do SINPRESTEP, Gastão Ferreira, agradeceu o esforço da CNTE em realizar a cooperação para possibilitar a realização de atividades de formação na entidade e deu boas vindas aos visitantes.
Na sexta-feira (04/09) aconteceram duas importantes audiências em que a Direção do SINPRESTEP e os representantes da CNTE apresentaram o propósito da realização de protocolo de intercâmbio entre as duas entidades. A primeira audiência aconteceu no período da manhã com o Embaixador Brasileiro em São Tomé e Príncipe, José Carlos de Araújo Leitão, ocasião em que o mesmo reconheceu e incentivou as relações entre as duas entidades.
Para os representantes da CNTE, a visita foi uma oportunidade de reforçar os laços culturais existentes entre os dois países. “Além de representantes de várias nações africanas na formação do seu povo que povoaram estas ilhas (o que nos aproxima existencialmente), este país tem pessoas que são descendentes dos escravos levados ao Brasil e que regressaram a São Tomé para erguer aqui um sonho de vida e liberdade”, afirmou a professora Fátima Silva da CNTE.
Por estas relações tão próximas entre os dois países, para Gilmar Soares, Secretário de Formação Sindical, será importante uma agenda de cooperação entre as duas entidades, no sentido de assegurar as condições de formação política e sindical dos delegados e delegadas sindicais do SINPRESTEP de São Tomé e Príncipe. “Este deve ser um esforço da CNTE e de suas entidades filiadas” apontou o dirigente da CNTE.
Texto e fotos/CNTE
