Mudanças da Seduc/MT causam transtornos na vida dos (as) trabalhadores (as) da educação e prejuízos para o processo pedagógico da escola.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) caracteriza mais um ato intransigente do governo Taques e mais uma vez, sem ouvir os (as) trabalhadores (as) da Educação e Sindicato, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promove mudanças que altera o calendário escolar; propõe uma avaliação na escola que deverá acontecer em decorrência de questionário, centrada no professor e no aluno e ainda quis “inovar” os métodos de inscrições para  atribuições do quadro de pessoal das escolas.

As mudanças por conta da Seduc vem causando transtorno aos profissionais de Educação. Conforme o modelo anterior, a inscrição era para uma única escola e a contagem de pontos era feita na própria unidade escolar. Com o novo modelo, existe um cadastro único na contagem de pontos, que é feito em cada município, e nesse caso, “vale” a pontuação para escolher a escola de preferência ou a que tenha vaga. A inscrição é, em dois momentos, com apresentação de dados online e validação, em período definido, para os efetivos e contratos temporários, na escola e na Assessoria Pedagógica, subsequentes. 

De acordo com o professor Gilmar Soares e Secretário de Comunicação do Sintep/MT, a justificativa dada pela Seduc de que o modelo anterior de inscrição e contagem de pontos na escola abria brechas para a ocorrência de indicação política é evasiva e pode esconder outros interesses da gestão na Seduc. Para ele, o processo de lotação na unidade possibilita a valorização da equipe de profissionais que atuam juntos há mais tempo e isto pode contribuir para o melhor desenvolvimento do projeto pedagógico da escola. Com o novo processo, equipes de profissionais que já atuam em conjunto e com ótimos resultados podem ser desfeitas, com graves prejuízos para a comunidade escolar.

A respeito da alegação da Seduc sobre o risco de indicação política, Soares afirma que duas ações minimizariam a situação. A primeira é a apuração das denúncias com a punição dos envolvidos e a outra é a realização de concurso público para assegurar de vez, um quadro mais permanente de profissionais nas escolas.

De acordo com o diretor Edson Evangelista, representante do sindicato na Comissão Estadual de Atribuição, quando a inscrição para atribuição de classes e/ou aulas do Professor e do regime/jornada de trabalho do Técnico Administrativo Educacional e Apoio Administrativo Educacional era realizado nas escolas o processo fluía com mais rapidez. “A implantação do sistema via Web para as inscrições ficou duas semanas sem operacionalidade e o telefone também não funcionou. Com essa “inovação” a Secretaria teve que prorrogar por duas vezes as inscrições dos profissionais da Educação”, destaca Evangelista.

Conforme denúncias que chegam diariamente ao sindicato, candidatos que já tiveram problemas em acessar o SigEduca para a inscrição, agora aguardam em média 2h30 para validação dos dados. “Nós ficamos surpresos com a postura da Secretaria, que por sua vez, toma decisões sem consultar a categoria e o sindicato. Fez as mudanças e chamou o sindicato para nos comunicar. Ao invés de complicar, bastava a Seduc aprimorar o processo de atribuição que acontecia nas escolas. O Sintep já apontou o que é viável”, observa.

Explica Evangelista que o problema é acentuado, principalmente, na contagem de pontos dos interinos, que representam 60% do número de profissionais no quadro da Seduc/MT.

“Hoje a validação na Seduc é para professor de química e física. Muitos chegaram de madrugada e, até meio dia, não haviam sido chamados. Com a “inovação” as pessoas são encaminhadas de dez em dez ao guichê de atendimento. O tempo de permanência para confirmação das inscrições dura em média 2h e meia. Se está com todo esse problema na inscrição, imagina na atribuição? Quando a atribuição era apenas para os remanescentes das escolas já era complicado, imagine agora concentrados todos em um lugar só.

A “mudança” pode alterar totalmente o quadro de profissionais da escola, o que pode prejudicar ainda mais a aprendizagem dos alunos. “A escola precisa de um processo de continuidade e esse troca-troca de professores prejudica demasiadamente o aluno”, finaliza Evangelista.

Por Assessoria Sintep/MT 

Cuiabá, MT - 08/01/2016 22:00:23


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