Os trabalhadores e trabalhadoras de todo o Estado foram surpreendidos/as com a informação veiculada pela mídia de que a Secretaria de Estado de Educação implantará, a partir do início do ano letivo de 2016, na rede estadual, um projeto de “Ensino” em Tempo Integral. Apesar de reivindicação histórica dos educadores, o modelo apresentado no período de férias da categoria em nada se assemelha com a Escola de Educação e Tempo Integral proposta pelos educadores e asseguradas na Lei do Sistema desde a década de 90.

Para o Sintep, por meio da subsede Rondonópolis, região na qual duas escolas foram selecionadas para essa proposta pedagógica, as contradições entre o que a categoria defende e o que o Estado quer implementar são claras e a forma da Seduc implementar está sendo arbitrária, anti-democrática e desrespeitosa porque não está dialogando com as comunidades onde as inseridas.

A direção sindical local reafirma para a sociedade que a proposta de Escola em Tempo Integral, debatida em Congressos da categoria e analisada coletivamente, deve estar inserida no projeto político pedagógico escolar respeitando a construção democrática desse coletivo.  E ainda, toda proposta pedagógica deve ter aprovação do Conselho Estadual de Educação, e deve estar amparada pela legislação educacional.

Para o secretário de Formação Sindical do Sintep, e dirigente em Rondonópolis, João Eudes, não se consegue avanços, dando mais da mesma coisa, quando é oferecida de forma precária. “É preciso mais. É necessário tornar o espaço escolar um ambiente capaz de permitir o desenvolvimento da cultura, da arte, das relações sociais, permitindo que cada cidadão desenvolva suas potencialidades”.

No caso dos profissionais da educação, o Sintep destaca que sempre esteve favorável à dedicação exclusiva. No entanto, isso não significa ampliar a jornada do profissional de 30 para 40 horas. “Buscamos assegurar um único vínculo empregatício, para que o profissional se dedique exclusivamente ao seu único fazer”, destaca a Presidente da Subsede de Rondonópolis, Maria Celma Oliveira. Conforme ela, a jornada de 30 horas semanais, dos profissionais da Educação, é uma garantia da Lei de Carreira dos Profissionais da Educação de Mato Grosso, e alterá-la é ferir um direito e uma conquista da categoria.

O Sintep orienta que as unidades escolares envolvidas reúnam a comunidade para ouvirem e discutirem a proposta. “Não no sentido de rejeitá-la, mas pensar a melhor forma de adequá-la a cada realidade, para que depois, efetive a sua implantação, não no afogadilho, ou sem planejamento, mas cobrando do governo as condições mínimas de infraestrutura e pessoal para sua implementação” esclarece o presidente do Sintep/MT, professor Henrique Lopes Nascimento.

Conheça alguns pontos a serem questionados: 

Assessoria/Sintep-MT                                                        

Cuiabá, MT - 21/01/2016 19:49:15


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