Durante a greve de 2008, realizada pelos(as) trabalhadores(as) no ensino público de Mato Grosso, o governo do Estado se comprometeu a aplicar 60% das receitas da pasta, determinadas pela Constituição Federal, no pagamento dos(as) funcionários(as). Quase dois anos depois, a promessa, fundamental para o fim do movimento na época, não foi cumprida pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT).

E, pelo que se vê na imprensa, não será cumprida. Recentemente foi publicado que a Procuradoria Geral do Estado recorreu da decisão do juiz Luiz Aparecido Bertolucci que determinou ao Governo do Estado a aplicação do IRRF na Educação. Com essa ação, o Executivo estadual dá clara demonstração de que não tem interesse em garantir educação de qualidade para a maioria da população. 

"Cansamos de esperar. Não queremos mais desculpas, que adiem este compromisso. A partir de agora iremos radicalizar esta luta, que engloba a dignidade dos profissionais e a qualidade na aprendizagem", salienta o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira.

Durante o último Conselho de Representantes da entidade, realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, a categoria sinalizou com essa possibilidade, salienta o secretário de finanças do Sintep/MT, Orlando Francisco. O Sindicato cobra a aplicação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) na educação, uma vez que se trata de um imposto constitucional, em que 25% deve ser destinado à educação. Desde 2004, por conta de um esdrúxulo acórdão número 1098 do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), do conselheiro Walter Albano, hoje presidente da instituição, o governo deixa de aplicar este recurso na Educação. Neste período, mais de R$ 300 milhões deixaram de ser utilizados, dos quais R$ 180 milhões seriam para o pagamento dos(as) profissionais da educação.

Cuiabá, MT - 10/02/2010 00:00:00


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