Iniciou nesta sexta-feira (24), a 6ª Conferência Distrital de Educação realizada pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF). Com o tema “Democracia e Direitos”, o evento acontece hoje e amanhã (25), na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE), em Brasília.

O objetivo da Conferência é debater o quadro em que os trabalhadores brasileiros estão inseridos, assim como os constantes ataques sofridos pela educação.

“O evento representa para a nossa categoria, mais um espaço de organização de luta e de enfrentamento para barrarmos os retrocessos que estão sinalizados por esta política de governo neoliberal, privatista e nefasta. Ele surge como uma das ações do Sindicato de mobilização para a luta pela manutenção dos direitos e da democracia", afirmou a diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, participou da primeira mesa de debates na manhã de hoje, sobre o tema “Conjuntura Nacional e o Enfrentamento Nacional à agenda de retrocessos”. A mesa foi composta ainda pelo Conselheiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Secretário de Finanças da CNTE, Antônio Lisboa, e pela Coordenadora Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), Madalena Guasco.

Leão afirmou que “o golpe no Brasil é para desestruturar o Estado Democrático que construímos, com a aliança entre a imprensa e o Judiciário e o capital financeiro internacional”. Para ele, há um movimento organizado e a sociedade não pode permitir que ocorra o que aconteceu em 1964. “O momento é de enfrentamento, de irmos às ruas para defender a escola pública, que prepara para o mundo do trabalho e não para o mercado de trabalho. Estamos lutando contra uma forma fascista de ver o mundo”, ressaltou.

Para o presidente da CNTE, “o governo golpista luta contra o protagonismo dos movimentos sociais, dos negros, indígenas, feministas, LGBTs e de outras minorias”. De acordo com o professor, “a educação brasileira pública está sofrendo um grande risco. Temos que ser guerreiros para defendê-la”.

“Os movimentos sociais e das minorias tiveram protagonismo após 2002. Após a eleição do Lula, conseguimos valer os princípios democráticos que não estão na Constituição de 1988, que não foram regulamentados na década de 90”, afirmou Madalena Guasco.

Antônio de Lisboa enfatizou que “o que está em jogo é um golpe de Estado para retirar os nossos direitos. Portanto, é preciso trazer para o nosso dia a dia e para a sala de aula este debate, enquanto ainda é possível fazê-lo”.

Outros temas também serão discutidos na Conferência, como a Base Nacional Comum Curricular, o Projeto de Lei Escola sem Partido, a Gestão Democrática, a Lei da Mordaça, as Organizações Sociais na Educação e a Meritocracia.

CNTE

Cuiabá, MT - 24/06/2016 17:26:26


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