Estudantes da rede estadual, integrantes do movimento Primavera Secundarista, há mais de dois meses mobilizados ocupando escola estaduais, em protesto contra a tentativa de implantação das Parcerias Público Privadas (PPP’s) nas escolas públicas, realizam nesta quinta-feira (04.08), um Ato de Desocupação simbólico na Escola Estadual Elmaz Gattas, em Várzea Grande.

Os estudantes que unificaram a luta com os profissionais da Educação em defesa da Escola Pública e 100% Gratuita, chegaram a ocupar 29 unidades em todo o Estado. Marcam o encerramento da mobilização fazendo história da luta estudantil no Estado.

Em nota o presidente da Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas (AME), Juarez França destacou que as ocupações das escolas estaduais pelos secundaristas no estado de Mato Grosso, além de um fato histórico e inédito foi uma grande demonstração do protagonismo da juventude na luta pela educação Pública de qualidade.

O estudante relata que a escola é a segunda casa e o movimento de ocupação radicalizou essa noção quando jovens estudantes conviveram cotidianamente na escola , limpando, cozinhando e cuidando da escola. “Passamos por um processo de ressignificação da própria noção de escola e de educação. A primavera secundarista mostrou que e possível e necessário discutir uma nova escola”, disse.

França fez em nota a defesa da Escola Pública, com foco no atendimento de todo o público que dela participa. “É preciso que se debata gênero para atender os jovens LGBT's , que ensine a história afro brasileira, para combater o racismo enfrentado pelos seus alunos negros, que se debata o machismo, para saber se as mulheres que ali estudam são vítima de violência. E mais, que fale mais de saúde, de bem estar, que ensine a colher e a plantar, que ensine a ciência e o respeito as crenças e diferenças”, disse.

O material publicado pelo movimento destacou a necessidade de combater a Lei da Mordaça, ou o projeto da Escola Sem Partido. Segundo os estudantes, “a escola precisa tomar partido, partindo do princípio que o cidadão critico se constrói na livre expressão das ideias”.
Segundo ele, os anseios dos estudantes nas ocupações apontam para um novo horizonte na educação. (informações Juarez França)

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 03/08/2016 18:11:31


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