Para cumprir mais uma etapa da pesquisa “Privatização e Mercantilização da Educação”, que está sendo realizada pela CNTE, o grupo focal responsável pelo estudo se reuniu, nesta terça-feira (25), em São Paulo.

Na ocasião, foram apresentados os dados colhidos por meio de questionários respondidos por 19 sindicados estaduais filiados à CNTE. As informações mostram as diversas e diferentes formas de privatização da educação básica, que ocorrem nos estados e municípios de todo o país.

De acordo com a Secretária Geral da CNTE, Marta Vanelli, o objetivo da pesquisa é obter informações acerca da destinação de recursos públicos para instituições privadas, além de embasar as ações de enfrentamento da mercantilização e privatização da educação básica no Brasil. “Ao ser finalizado, o estudo será base da luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade”, ressaltou.

Para o Secretário de Formação da CNTE, Gilmar Soares Ferreira, que coordena os trabalhos, a pesquisa se mostra de suma importância pela intensa disputa dos empresários pelos recursos da educação. “Conhecer a privatização galopante que acontece na educação brasileira, tanto na básica quanto na educação superior, é fundamental para lutar por direito à educação pública, gratuita e de qualidade para a maioria da população.  Os governos golpistas instalados no país vão acelerar a transformação da educação em mercadoria para assegurar unicamente os lucros dos empresários. É contra isso que a CNTE e seus sindicatos terão que lutar”, avaliou.

O estudo, que dever ser concluído em novembro deste ano, está sendo realizado em duas frentes, a primeira coordenada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), destinada a identificar e mapear os deputados e senadores que tem a temática da educação entre suas prioridades no exercício do mandato, classificando-os pelo tipo de interesse que representa: público, privado lucrativo, privado não lucrativo (comunitárias, confeccionais, filantrópicos). E outra, coordenada pelo economista, doutor em Política Social e professor da Universidade de Brasília (UnB), Evilasio da Silva Salvador, que visa identificar, registrar e analisar em que medida está ocorrendo a privatização da educação básica no País.

Além da Secretária Geral da CNTE e do Secretário de Formação, também esteve presente na reunião, a professora Fátima Silva, Secretária de Relações Internacionais da CNTE e Vice-Presidenta da IEAL e representantes do CPERS (RS), do SINDIUPES (ES), do SINTEPE (PE), do SINTEAL (AL), do SINTEPP (PA), do SINTET (TO), do SINTERO (RO) e do SINTEP (MT).

Encontro Regional

De 19 a 21 de outubro aconteceu na Costa Rica o encontro regional contra a privatização e a comercialização da educação. O evento foi organizado pela Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) e teve a participação de representantes de sindicatos de professores de diversos países. A diretoria da CNTE esteve presente no encontro.

O objetivo do evento foi socializar pesquisas sobre a privatização e mercantilização da educação para elaborar um plano de ação em todos os países, no combate a privatização e em defesa da escola pública.

Estiveram presentes representantes do Brasil, do Uruguai, da Argentina, do Paraguai, de El Salvador, da Colômbia, de Honduras, do México, da Republica Dominicana e da Costa Rica.

Rede mundial

O enfrentamento ao processo mundial de mercantilização e privatização que precariza a educação pública é um dos principais eixos de trabalho que a Internacional da Educação (IE) definiu em seu último Congresso Mundial, em Ottawa/Canadá em 2015.

No evento, foi estabelecido a criação de uma rede mundial solidária contra a privatização da educação. Essa rede deve atuar em todos os continentes com campanhas para dar uma resposta global a esse processo.

CNTE

Cuiabá, MT - 26/10/2016 15:37:32


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