Greve por tempo indeterminado. Esta foi a decisão ratificada pelos trabalhadores da educação do município de Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, nesta quarta-feira (03). A paralisação teve início no dia 1° de março, em função da não aplicação dos 60% dos recursos da pasta em pagamento de salários, dentre outras reivindicações. A deliberação já foi encaminhada ao prefeito municipal, Daniel Correa Beraldo.

Ontem (04), a categoria realizou uma passeata na avenida principal da cidade. "O objetivo foi demonstrar nossa indignação com a falta de compromisso do Poder Executivo com os profissionais e a sociedade", explicou a diretora regional do Polo Leste II do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Ana Lúcia da Silva. Ela informou ainda que a entidade enviou a pauta de reivindicações em janeiro de 2009, mas não obteve avanços.

Além da aplicação dos 60% dos recursos em salários, os trabalhadores da educação buscam a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS); a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), conforme a Lei 11.738/08; jornada única de trabalho; desvinculação dos recursos da Cultura, do Desporto e do Ensino Superior, da Educação Básica; respeito às Legislações Educacionais vigentes; aplicação do percentual de 25% destinado a Educação em Educação Básica; dentre outras.

Segundo Ana Lúcia, as atividades só serão retomadas quando o PCCS, formulado em conjunto com os profissionais, for encaminhado para a Câmara Municipal. "A proposta apresentada pela prefeitura e Secretaria Municipal de Educação não contempla os anseios da categoria e demonstra o desrespeito com os profissionais", protestou. O salário apontado pelo órgão é R$ 593,00 para professores e R$ 487,00 para funcionários de escolas. "É menos que um salário mínimo", acrescentou a diretoria regional do Sintep/MT.

Qualidade de ensino - De acordo com a sindicalista, o movimento conta com o apoio da sociedade. "A população tem consciência da necessidade de investimentos nos profissionais da educação e na infraestrutura das escolas, que interferem diretamente na qualidade de ensino oferecida aos alunos", destacou. Sobre isso, a categoria reivindica a construção do Centro de Educação Infantil; reforma e ampliação das unidades escolares; melhoria na oferta do transporte escolar, inclusive com aquisição de ônibus visando diminuir os gastos; e melhoria na qualidade da merenda escolar.

Cuiabá, MT - 05/03/2010 00:00:00


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