A prática pouco democrática do governo Taques em implantar o Ensino Médio Integral nas escolas estaduais sem consulta social, tem gerado revolta na comunidade escolar de Mato Grosso. Várias unidades já se mobilizaram e recusaram a imposição do projeto. A situação mais recente ocorreu na tradicional escola da capital, Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller. Com base na lei de Gestão Democrática (7040/98) a nova organização educacional foi recusada.

A defesa do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) é pelo Ensino Médio Integral, de tempo integral, organizado dentro de um política pedagógica que contemple um currículo integral atendendo a todos os estudantes, além da necessidade de garantir a dedicação exclusiva dos profissionais docentes. No entanto, não é isso que tem sido praticado nas escolas em que o governo impôs a alteração da modalidade de ensino.

“A escola Liceu Cuiabano não tem infraestrutura para o atender em período integral, primeiro por falta de espaço físico adequado (refeitório, espaço para descanso). E segundo, porque implantar o EMI significaria enxugar o quadro de estudantes em mais de 1.000 matrículas. Iriamos cair das atuais 1.700 vagas para 500. Nós trabalhamos com a inclusão e não com exclusão”, destacou a professora e sindicalista Maria do Espírito Santo Kaefer.

Segundo a sindicalista os profissionais da escola ficaram surpresos quando receberam o primeiro contato da equipe do governo, que esteve na unidade para avaliar o espaço. “Antes disso não tivermos nenhuma informação. O que sabemos do EM Integral do governo, é o que sai na imprensa. E de modo geral as escolas não estão preparadas para receber esse modalidade”, disse.

A falta de diálogo do governo com a comunidade escolar tem sido considerada um retrocesso. “O governo lança um programa gestado apenas por ele próprio e já divulga como decisão, não pede a participação de entidades educacionais. E isso pode inviabilizar a iniciativa, porque não se ouviu os interessados. Se a proposta não for viável, não passará de propaganda enganosa.”, acrescenta a conselheira do Conselho Estadual de Educação (CEE), Maria Luiza Zanirato, e dirigente do Sintep/MT.

Maria Luiza destaca que nem mesmo o Conselho foi oficializado da mudança na organização curricular. Uma surpresa num governo que se intitula legalista deixar de comunica o órgão de assessoramento superior da Política de Educação do Sistema Estadual de Educação.

Assessoria/Sintep-MT

foto página google

Cuiabá, MT - 24/02/2017 13:10:58


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