Uma convocação feita para o próximo 8 de março mobiliza mulheres do mundo todo numa Parada Internacional. No Brasil, elas saem as ruas contra a Reforma da Previdência; Nem uma a menos! Pelo fim do feminicídio; Nem Trump nem Temer; Pela vida das mulheres! Em defesa da legalização do aborto. Em Mato Grosso, o manifesto na Capital, acontece com a 2ª Caminhada, com tema “Mulheres do Campo e da Cidade Por Nenhum Direito a Menos Contra a Reforma da Previdência”. A concentração será a partir das 7h30, em frente ao Ginásio do Quilombo.

O tema da luta internacional se construiu a partir da conjuntura político, social e econômica em comum às vivências das mulheres. Para as brasileiras o foco será contra o retrocesso anunciado com a Reforma da Previdência. A luta é para que as mulheres não percam conquistas consolidadas (Constituição Federal de1988). Na Reforma do Temer quando iguala a idade para a aposentadoria (65 anos) e amplia o tempo de contribuição da aposentadoria de 30 para 49 anos, ou acaba com a aposentadoria especial para o magistério e campo, retira direitos especialmente das mulheres, de forma perversa.

“Não há igualdade entre condições desiguais. A paridade de direitos apresentada na Reforma Previdenciária do Temer, escraviza as mulheres”, cita a vice-presidente do Sintep/MT e presidente do Conselho Estadual das Mulheres, Jocilene Barboza.  Ela esclarece que os cinco anos a menos para se aposentar ou mesmo o tempo de contribuição menor, garantidos pela lei atual, significam equidade para às mulheres que, somadas as responsabilidades assumidas com a vida doméstica e os filhos, atingem 4,5 a 5 anos de trabalho a mais que os homens, ao longo da vida.

Retrocesso

As Reformas de Temer, incluindo a Emenda Constitucional 95 (ex-PEC 55), Reforma da Previdência e, a que também já está em curso no Congresso Nacional, a Reforma Trabalhista, estão promovendo um grave desmonte nos direitos das mulheres, as medidas terão forte impacto nas conquistas das mulheres.

O congelamento de investimentos sociais (EC 95) refletirá na falta de creches e atendimento de saúde. As mães não terão onde deixar os filhos enquanto trabalham o que resultará na saída delas do mercado de trabalho. Somado a isso, a Reforma Previdenciária conduzindo àquelas que trabalham a morrerem antes de se aposentar. E, a Reforma Trabalhista, com a forte tendência a terceirização virá para subjulgar ainda mais as mulheres com contratos precários, retirará direitos como licença maternidade, 13º ou férias. 

“Ao fragilizar os direitos das mulheres, todas ficamos vulneráveis e não apenas porque perderemos empregos. Mas porque se fortalecerá o machismo, o racismo. O que se traduz num tipo de carta branca para as violências contra as mulheres”, conclui.


Assessoria/Sintep/MT

Cuiabá, MT - 03/03/2017 19:32:26


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