Durante abertura dos trabalhos do 2º Conselho de Representantes do Sintep/MT,  sábado, dia 18 de março, o presidente Henrique Lopes do Nascimento, destacou a necessidade da construção da resistência contra os ataques e perda implementadas pelo governo ilegítimo de Temer, assim como fazer frente ao descaso do governo Taques a pauta de reivindicação da categoria. “A Reforma da Previdência, assim como o conjunto de projeto que estão na agenda federal, entre eles a Reforma do Ensino Médio, trarão sérios prejuízos aos profissionais da educação em especial as mulheres”, disse.

A fala do presidente antecipou a Análise de Conjuntura, feita pelo professor doutor José Menezes Gomes, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e do secretário de articulação sindical, Júlio César Viana.  Ambos fizeram suas explanações com foco no desmonte de direitos promovido por um projeto político de viés internacional. Mecanismos que reproduzem a pratica de exploração e desumanização da sociedade, sobretudo da classe trabalhadora.

Saque

José Menezes Gomes apontou na reforma da Previdência, assim como na PEC 55 - hoje Emenda Constitucional 95 –, e no conjunto de emendas Federais, a estruturação de um projeto que tem como meta “saquear o patrimônio público para manter os recursos que financiam os bancos e os rentistas (empresários)”, disse. Empresários que estão dentro do Congresso Nacional e no executivo.

Menezes destaca que é preciso ficarmos atentos para o fato dos interesses por trás das reformas. Segundo o pesquisador, os donos das empresas, como OI, Friboi, ou aqueles que administram fundos de pensão – leia-se ai aposentadoria privada – são os políticos que votam contra a retirada dos direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional.

“Determinar 65 anos de idade para se aposentar com benefício integral após 49 anos de contribuição é decretar o fim da aposentadoria pública”, diz.  Chama a atenção para a necessidade de buscar informações quanto ao propalado pelo governo e reforçado pela mídia, quando apontam o déficit da Previdência. “A Seguridade Social é superavitária (saldo positivo)”, destacou.

Humanização

O professor Júlio Viana trouxe para o debate a necessidade dos educadores e da sociedade fazer a ressignificação dos valores. Chamou a atenção para o papel relevante que os profissionais da educação têm na desconstrução do processo de desumanização instalado. “Nós da educação falamos em ciclo de formação humana, mas qual é esse humano?. Temos que manifestar a indignação, não podemos nos tornar indiferentes a esses processo”, disse.

Viana destacou na sua fala o escândalo da operação da Polícia Federal denominado “Carne Fraca”. Para além do interesses empresariais existiam “operários produzindo para que a família deles consumissem todo o lixo. É um processo de desumanização, é a barbárie, a antítese da condição de humanos”, destacou.

Segundo Júlio Viana, é precisamos fazer a resistência. E além do embate com governo do estado, para garantir os direitos dos profissionais da educação, é fundamental manifestações na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), contra a aprovação das medidas que atacam os trabalhadores/as. A suspensão das atividades, conforme ele, deverá se dar no momento que os projetos forem para as ALMT. “Caso não façamos isso a carreira será uma corrida”, disse. Viana destaca que ou serão dias de luta ou anos sem direitos.

As discussões da Análise de Conjuntura foram base para o posicionamento dos delegados municipais fazerem os encaminhamento das pautas a serem deliberadas na Assembleia Geral da categoria, na segunda-feira (20). A conclusão dos trabalhos na segunda, conduzirão as práticas do movimento sindical nesse primeiro semestre.

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 18/03/2017 17:55:04


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