O protagonismo da juventude Brasileira reascendido em 2015, após a luta coletiva pelo fim da privatização da escola pública, deve se manter ainda mais forte em 2017. A onda da retirada de direitos, que assola a classe trabalhadora, terá sérios impactos no futuro desses jovens. Hoje, 30 de março, Dia Mundial da Juventude, a convocação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) é para reafirmarem a vocação para a luta e resistência, fazendo juntos com os demais segmentos sociais o enfrentamento diante das ameaças que tentam destruir o sonho de futuro, de todos/as.

O pacote de ataques a direitos sociais que ameaça os/as trabalhadores/as brasileiros/as terá entre os principais alvos o jovem do presente e os do futuro. A Reforma da Previdência, em curso, descontrói a perspectiva de uma sociedade solidária e com justiça social. O fim do benefício da aposentadoria, que retirou da condição de miséria homens e mulheres do campo, volta a assombrar os mais jovens. 

A medida, somada ao congelamento de investimentos sociais por 20 anos (ex PEC 241), sinaliza um cenário sem perspectiva para a juventude da área rural. “É o fim do sonho de fazer do campo um local para construção de novos projetos, que assegurem a subsistência individual e coletiva”, destaca o representante da Juventude do Sintep, Valdeir Pereira.

A luta para desconstruir a lei que divide a sociedade entre ricos, com direitos a uma Educação Integral, e pobres, sem direito ao aprendizado, apenas como mão de obra barata para o mercado de trabalho, está também entre o desafio para essa juventude. “Será preciso informação, formação e resistência para confrontarmos a ameaça apresentada pela Reforma do Ensino Médio, e a outras que tentam nos empurrar goela abaixo”, conclama Pereira. 

A juventude sindical está atenta às essas medidas e as que estão por vir, por comprometerem gerações presente e futuras, do pais. “A Reforma do Ensino Médio retira da juventude o direito de progredir em perspectiva de vida e de oportunidade daqueles que são filhos de trabalhadores, chegarem a ser doutores”. O sindicalista esclarece que, da forma que foi colocada em vigor, com um projeto curricular reduzido, em que garante apenas saber ler e fazer contas, deixado de lado a interpretação e a análise crítica, nenhum jovem terá bagagem para ingressar numa universidade.  

O processo de opressão se estende à Lei da Terceirização e da Reforma Trabalhista. Por meio delas, o futuro da juventude trabalhadora será o de semiescravidão. “A terceirização repassa para as empresas privadas o controle das vagas de emprego tanto na esfera pública como privada. “Todos conhecemos como funcionam as terceirizadas, são espécies de atravessadoras entre o trabalho e o trabalhador, com objetivo de obter lucro”. E mais, a Reforma Trabalhista rasgará a carteira de trabalho e as leis que asseguram direito aos trabalhadores, como 13º salário, férias, descanso semanal.

"Precisamos estar unidos para fortalecer a luta e fazer do dia 30 de março uma data de comemoração e conquistas que nós, profissionais da educação e o Sintep temos compromisso com a Juventude, e o que aprendem na Escola Pública muito nos tem orgulhado ao se integrarem na nossa luta”, conclui.   

Assessoria/Sintep-MT


Cuiabá, MT - 30/03/2017 18:53:48


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