A reunião do Coletivo Nacional de Formação (Conafor), realizada no período de
Na prática, isso significa que o Plano Nacional de Formação atenderá até julho - data em que completa 12 meses de execução - 7.195 dirigentes nos diferentes programas: Organização e Representação Sindical (ORSB), Formação de Formadores (FF), Formação sobre Desenvolvimento, Políticas Públicas e Ação Regional (DPPAR), Formação em Negociação e Contratação Coletiva (NCC) e Formação
Além disso, esclarece José Celestino Lourenço (Tino), secretário nacional de Formação da CUT, os Estados estão defendendo a necessidade de ampliar o número de turmas e dirigentes, assim como a Executiva Nacional aprovou novas prioridades, como os cursos de Formação em Comunicação e Política Internacional, o que aponta para um fortalecimento da CUT dentro da nova realidade do movimento sindical brasileiro e mundial. "Neste contexto, a formação é cada vez mais estratégica para compreender e atuar neste cenário, garantindo que fortaleçamos a qualidade da nossa intervenção, essencial para ampliar a nossa representatividade", declarou. De acordo com Tino, "se somos a maior central sindical brasileira e a quinta maior do mundo é porque, desde o nascedouro da CUT, temos o entendimento de que é essencial a integralidade das políticas da Central para o atendimento da estratégia global de atuação. Portanto, cada vez mais se busca uma organicidade da política de formação para que os eixos estratégicos da CUT se articulem e se potencializem". Daí, ressaltou, "a necessidade de maior envolvimento do conjunto das Secretarias, como a de Comunicação e Política Internacional, como estamos acertando agora, mas também com a Organização e de Relações do Trabalho, com a da Mulher e de Combate ao Racismo, para que os conteúdos desenvolvidos por nossos programas de formação tenham relação intrínseca com todas as políticas. Afinal, é preciso considerar o conjunto das questões, seja de gênero, racial, de geração, orientação sexual. Quanto mais coletivizarmos, melhor. Mais resultados e alcance terá a nossa política".
Conforme Itamar Sanches, secretário de Formação da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ), "a integração proporcionada pelo Conafor é de suma importância, o que estimula as instâncias não só a refletirem mais sobre a relevância do projeto de formação, como a atuarem politicamente para colocar em ação o plano e correr atrás dos recursos para a sua implementação".
Para William Mendes, secretário de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), "este Conafor representa um forte impulso para que os Ramos somem a sua experiência e participem ativamente do debate, apontando diretrizes, indo além, oxigenando o debate e reafirmando a necessidade do trabalho em rede, mas focado". "Precisamos interagir enquanto setor econômico, enquanto Ramo, pois a sociedade está organizada em corporações, mas nunca podemos perder a perspectiva de classe, nossos princípios, valores e concepções. É isso o que faz a diferença da ação cutista na base", ressaltou.
"O Conafor é estratégico como espaço de formação e reflexão para que seja repensada coletivamente a ação sindical e reforçados os princípios cutistas que apontam para a construção de uma sociedade socialista", sublinhou a secretária de Formação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Michele Ciciliato. Para a líder metalúrgica, se o investimento em formação é essencial a qualquer tempo, "pois é o que garante a renovação com continuidade", ele se vê ainda mais valorizado neste momento diante do desafio de manutenção e aprofundamento do projeto democrático e popular. "É fundamental que estejamos desenhando uma proposta que fortalece os sindicatos e a militância para este embate", enfatizou.
Para o secretário de Formação da CUT Rondônia e presidente do Sindicato dos Telefônicos do Estado, João Anselmo, "a hora é de potencializar o discurso para a disputa de hegemonia com os setores neoliberais, afirmando o papel do Estado como indutor do desenvolvimento da sociedade. Para isso, este coletivo contribui imensamente para levarmos mais longe este combate".
Diante da renovação das lideranças nas diferentes instâncias da Central, nos Ramos e Sindicatos, o coordenador da Escola Sindical da CUT
Participando pela primeira vez do Conafor, Vânia Miranda, secretária de Formação da CUT de Mato Grosso e secretária geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep/MT) compreende que "o sucesso do evento reside justamente na força do coletivo, na compreensão de que a conformação da rede de Formação é essencial para a troca de experiências e a renovação dos quadros sindicais".
Na avaliação do secretário de Formação da CUT Tocantins e tesoureiro do Sindicato da Construção Civil do Estado, Wilson Belizário, "é com envolvimento e a participação que vamos trabalhando e renovando as ideias, estruturando uma formação que venha a atender as necessidades da nossa base. Quando a SNF realiza uma reunião deste porte, reforça a convicção de que estamos no rumo certo, de que a formação é e será, cada vez mais, uma prioridade para a Central Única dos Trabalhadores".
Fonte: Leonardo Severo, de Belo Horizonte