O retrocesso nas conquistas da Constituição de 1888 registrado hoje nas políticas nacionais, e especialmente os avanços delas, nos anos 2000, com melhoras consideráveis no sistema educacional brasileiro, foram a tônica da palestra de abertura sobre Conjuntura Política Educacional em Tempos de Neoliberalismo “Referências para a Construção de uma Escola Unitária na Educação Pública”, do X Encontro Estadual de Educação do Sintep/MT, ontem (12.10). Na mesa de debates o palestrante convidado, o doutor em economia, Márcio Pochmann, e presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento.

“A situação que se apresentou a Educação nos anos 2015 e 2016, frente ao que está hoje, com o esvaziamento de recursos públicos promove o desestímulo da população com a Educação como passaporte para o futuro”, disse  Pochmann, ao elucidar os enfretamentos que se apresentam para os educadores e educadoras. 

O palestrante destacou que os efeitos combinados da recessão de 2015, que reduziu em quase 10% a renda da população no pais, com as mudanças no papel do Estado nos investimentos públicos de maneira geral e a reforma trabalhista, que impactam em toda as iniciativas, é possível chegar à conclusão de que o Brasil está perdendo uma geração. “O jovens que estão chegando hoje no término do Ensino Médio e Superior encontrarão uma economia sem a capacidade de absorvê-los nos empregos que eles sonharam a partir de sua preparação. Isso é muito grave”, afirma.

A análise conjuntural teve ainda o foco estadual com a avaliação do presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes, que abordou os impactos do projeto da PEC 10/2017 (PEC do Teto de Gastos), de Taques. O desmonte das conquistas e dos serviços de Saúde, Educação e Segurança para os próximos dez anos serão um retrocesso sem volta para toda uma geração de filhos e filhas das classe trabalhadora, aqueles que mais dependem dos serviços públicos e gratuitos.

Conforme ele, será a negação de direitos. Os objetivo são a abetura de mercado para a iniciativa privada assumir os serviços publicos e gratuitos. “Com recursos congelados, apesar da necessidade de ampliação dos investimentos nas área sociais, e a Reforma do Ensino Médio,  que prepara estudantes para serem executores de tarefas, regrediremos um século nos anseios da população”, explica Henrique .

Lopes lembrou que o processo de privatização dos serviços públicos está cada vez mais forte. Primeiro atacaram a Saúde com as Organizações Sociais (OS), e agora, de forma mais enfática, tentam atingir a Educação, com os desmontes dos PCCS e a “pejotização”, que torna os profissionais micro empreendedores. “Nós, Profissionais da Educação precisamos fazer o enfrentamento”, concluiu.

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 13/10/2017 11:05:37


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