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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) relata contradições do governo Taques para justificar a necessidade de cortar, o que ele chama, de gastos, com Educação, Saúde e Segurança Pública.
Informações divulgadas pela mídia apontam que o governo gastou no último mês cerca R$ 2 milhões em diárias na Caravana da Transformação. Uma ação pontual que leva, para municípios polos no estado, serviços básicos de saúde e assistência e que não resolvem os problemas de falta de hospitais, de escolas, e de serviços públicos carentes na região.
Enquanto se faz gastos dessas proporções, as escolas estaduais tiveram os repasses trimestrais para manutenção atrasados. Exemplo da escola estadual Professora Julieta Xavier Borges, em Barra do Bugres, que comunicou aos pais que a falta do recurso inviabilizou-se a compra do gás de cozinha e produtos de limpeza, não sendo possível servir a merenda. O governo, por sua vez, justifica o atraso dos recursos responsabilizando a prioridade dada ao pagamento de salários dos servidores.
“Novamente o governo tenta culpar os servidores públicos pela falta de recursos e ilude a população com uma informação equivocada”, afirma o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento.
Lopes lembra que a verba de repasse de manutenção não saí do mesmo bolo dos recursos de pagamento de salários. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, diz. O recurso para manutenção da escola, complementação da verba da merenda ou mesmo pagamento de salários são definidos no Plano de Trabalho do Ano anterior (PTA) das secretarias, e aprovado na LOA (Leis Orçamentária Anual); “Se faltam recursos é por má gestão. Primeiro porque não foi contabilizado ou foi usado de maneira indevida em outra parte, como por exemplo na Caravana da Transformação”, explica.
Para o sindicalista as prioridades equivocadas do governo Pedro Taques têm gerado um comprometimento no orçamento do Estado. Lopes cita ainda a desoneração de impostos concedidas aos empresários ou ao agronegócio, com a isenção de pagamento de impostos. “Recentemente, em meio a chamada crise do estado, o governo desonerou impostos sobre a carne suína e madeira. Que crise é essa que só o trabalhador paga a conta?”, questiona.
