A onda internacional de Privatização e a Mercantilização da educação que atinge fortemente a América Latina e consequentemente o Brasil é tema de debate do Seminário de dois dias (27 e 28.11) promovido pela FES, IE, PROIFES e  Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A atividade contou com a representação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), por meio da secretária de Políticas Educacionais, Guelda Andrade, e o secretário de Comunicação e dirigente da CNTE, Gilmar Soares.

Segundo Guelda Andrade, essa onda privatista não é nova e dá sinais desde a década de 90, quando houve a investida do neoliberalismo, inclusive com forte ataque a educação. “Mas conseguimos fazer a resistência”, lembra.

Conforme ela, esse movimento permaneceu aguardando o melhor momento de avançar.  Alguns estudiosos, como o professor doutor Luiz Carlos de Freitas, faz a leitura de que esse modelo econômico não dará certo, assim como as famosas Parcerias Público Privadas (PPP’s), pois não se sustentam.

No caso dos ataques promovidos com a Reforma só Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o objetivo é promover uma competição entre as escolas e entre os profissionais da educação, acreditam os analistas. Conforme apontado, a meta é que sobressaia a individualidade do trabalho pedagógico de forma a negar o trabalho coletivo.

“O objetivo e retirar o governo da gestão educacional e deixar que os empresários assumam a gestão do que é público, cujo foco é formar homens e mulheres com mão de obra barata para atender a lógica do grande capital”, afirma Guelda. Segundo avaliado o processo econômico está intrinsecamente ligado com esse desmonte educacional, essa articulação está colocada nos relatórios do Banco Mundial com participação de outros organismos internacionais, inclusive da Organização Mundial do Comércio.

“Nosso papel enquanto militantes nesse momento, é estudar a conjuntura dia a dia de forma minuciosa, estreitar nossa relação com a comunidade escolar e promover o debate com os profissionais da educação e a sociedade. Temos o dever de dialogar com a população para juntos fazermos a resistência e a defesa incondicional da Escola Pública Gratuita e de Qualidade”, destacou.

Para fazer o enfrentamento a dirigente acredita no fortalecimento de cada um e cada uma contra o retrocesso. Ainda afirma que “Os testes padronizados chegaram para culpabilizar os estudantes e os profissionais da educação e "provar" que aquilo que é público é ruim. Não é ruim porque é público, na verdade, os serviços públicos são insuficientes, como não consegue atender a toda a população é taxado como ruim, se engana quem acredita que o privado é melhor que o público”, ressalta ela.

A dirigente reforça a necessidade de esclarecer a sociedade para as intenções da atual política econômica e social que, com a privatização das instituições públicas, aprofundará a vala da desigualdade social e do preconceito.
“Os liberais não gostam de sindicatos porque acreditam que o mundo melhora se ninguém atrapalhar a dinâmica do deus mercado, por isso tentam acabar com as entidades “, conclui.

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 28/11/2018 15:56:54


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