Os trabalhadores da educação de Cláudia, a
Os trabalhadores se refugiaram em Cuiabá no dia 17 de maio, em virtude de ameaças, inclusive de morte. Na noite de sexta-feira (21), os profissionais retornaram para Cláudia, depois da reunião entre a Direção Central do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e representantes do gabinete do governador. O resultado foi uma nova proposta, intermediada pela secretária extraordinária de Apoio a Políticas Educacionais, Flávia Nogueira. "O posicionamento do prefeito demonstra que sem a luta dos trabalhadores da educação por valorização profissional, não há avanços", afirmou o presidente da subsede, Edson Sauthier.
Na quinta-feira (20), o próprio governador negociou uma proposta, durante audiência com membros da direção do Sindicato. Na ocasião, o prefeito se comprometeu, por telefone, que iria cessar as retaliações aos profissionais e retomar o diálogo. Lamentavelmente, o prefeito não honrou o compromisso firmado com o Executivo Estadual, impedindo assim o fim do movimento grevista. "Já no momento da volta da categoria, por intermédio do vereador Roberto Dalmaso (PR), fomos comunicados que o prefeito havia assinado o documento", relatou o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares.
O termo de compromisso sofreu pequenas alterações, mas estas não comprometeram o acordo. Dentre os avanços conquistados, está a garantia da formação de um Grupo de Trabalho (GT) para realização de estudos das receitas e despesas da Educação. Dessa forma, é possível apontar o piso possível aos profissionais. O termo de compromisso estipula ainda o prazo de 60 dias para concluir o estudo sobre o atendimento da demanda educacional no município. "Com relação à suspensão do corte de salários, estamos aguardando que o prefeito cumpra efetivamente o que prometeu, pois nós já cumprimos nossa palavra e voltamos às salas de aula", afirmou o presidente da subsede.
Além disso, Vilmar Giachini se comprometeu a restituir o pagamento integral de salário referente aos dias paralisados, sendo que o mês de abril deve ser pago após o retorno das atividades, enquanto o pagamento do mês de maio será reposto na data do vencimento. Também consta no acordo a suspensão dos procedimentos adotados para a rescisão dos contratos temporários, bem como a abertura de processo administrativo disciplinar em relação aos efetivos. A categoria continua vigilante. "Todos os obstáculos que enfrentamos nesta greve fortaleceram e uniram ainda mais os profissionais. Em muitas situações, nos sentimos menosprezados e, a partir de agora, não vamos deixar de exigir nossos direitos", assegurou Edson Sauthier.